Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Sonho de moça_Cordel Parte 1



Sou uma moça simples/Tenho um pouco de Pimentel/Nessa peleja quero rimar/Tão rápido feito um corcel. Sou poetisa afirmo/Mais não escrevo cordel. Vou tentar muito e caprichar /Jus a Francisco das Chagas Batista/Que era Editor e sabia inventar/Era nato e um verdadeiro artistaqDa xilogravura nem vou falar/Ele era o melhor Cordelista. /Esta história é muito nova/era o ano dois mil e seis/Já contaram a mesma história/É agora a minha vez/Já é tarde tá na hora/Escrevo assim: Era uma vez/Conheci um moço bom/Lá no Rio de Janeiro/Piloto de um bonito Baron/Mais tinha pouco dinheiro/Juntamos nossos trapos/E o nosso amor verdadeiro/Pra começar tudo do zero/Me convidou para outra cidade/Pra tentar tudo outra vez/Eu disse que eu não tinha idade/O rapaz outra vez pediu
Era pra nossa felicidade. /Deixei família e emprego/Amigos e toda cambada/O que seria de mim/Se eu não tivesse apaixonada?/O menino veio comigo/E deixei lá uma saudade danada. /O outro filho deixei com o pai/Só no começo foi isso/Doeu e sofri um bocado/Mais depois não pensei nisso/O filho vinha sempre me ver/Nas férias era o seu compromisso. Sou do Rio de Janeiro/E sei que lá não posso ficar/E toda vez que penso assim/Fico doida e vou chorar/Minha Terra é muito querida/Vou tentar a vida em outro lugar. Na mala do carro apenas/Poucas roupas e um celular/Poucas malas e lembranças/Os detalhes nem vou contar/Aquele Corsa vou valente/Disso vou sempre lembrar. Passamos por buracos no chão/Lombadas que vou te contar/As estradas muito esburacadas/Pro povo mesmo se lascar/Quase quebramos o carro/E o menino atrás só fazia chorar. Paramos para beber água/comprar milho e descansar/Será que Deus ouve a reza?/Perguntava o filho sem parar/A cidade é bem longe/Mais Deus está em todo lugar. Nem consegui fotografar/Todas s belezas que eu via/Nem vou parar para te agradar/O tal moço assim dizia/Tenho hora e dia pra chegar/Deixe isso pra outro dia. Fiquei com uma raiva danada/Um pouco triste e insatisfeita/Eu não mereço tudo isso/Queria uma viagem perfeita/Fotografar era minha sina/Queria estar satisfeita. A viagem era muito longa/E o cansaço mesmo de matar/E só o moço é que dirigia/Eu só sabia cantarolar/Mais a noite a gente parava/Para poder um pouco descansar. E não aguento nem lembrar/
daquela manhã do comprimido. Eita menino danado/Que pra tomar foi só no grito/Tive que dar uns safanões/Me arrependo admito. Depois de dias pela estrada/Chegamos em João Pessoa/Muita coisa pra se fazer/Não dá pra ficar a toa/Conheci toda família do moço/De gente fina a gente boa. A cidade é muito bonita/Mais aqui não vou ficar/Tem lindas e belas praias/É tudo de se encantar/Mais meu destino me aguarda/É lá em outro lugar. Ganhamos muitos Presentes/Jantar e um chá de panela
TV talheres e uns lençóis/Embrulhamos tudo com cautela/O caminhão ficou bem lotado/Esta ação sempre vou lembrar dela. E vamos nós outra vez /Pegar a estrada de novo/Ter muitas mudanças, talvez/Seguir nosso lance amoroso/Esquecer o passado ruim/E começar tudo com gosto. Dos lados apenas matos /Na frente apenas estrada/Céu limpo e nuvem rara/Estava ansiosa com a chegada/Conhecer esta Terra querida/Tão bem vista e bem falada. Pensei por um momento/Onde eu vou morar?/Parece o fim do mundo/Não vou me acostumar/Uma casa longe da outra/Aqui não é o meu lugar. A cidade que vos falo/Se chama Mossoró/Terra boa e querida/Vinda do índio Monxoró/Depois que a conheci/Virou pra sempre meu xodó. Terra de Santa Luzia/Do Petróleo e também do sal/Do Sol forte e de terra firmeqSua vista é colossal/Jamais esquecerei de ti/Minha segunda Terra Natal.

CONTINUA...




Sonho Acabado de Menina_Cordel Parte 2


A cidade é de muito linguajar/Coberta de muito esmero/muita cultura berço de cantadores /Grandes poetas assim espero/São tantos que não consigo listar/Assim minha tristeza supero. É lá que eu vou morarqnesta cidade porreta/Agora que eu vou mudar/Deixar de ser esta careta/Serei moça bem popularqVoar que nem borboleta. E chegando na cidade/Me assustei e foi um pavor/Não vi ninguém na rua/Nem menino nem doutor/Eu queria somente pedir/Uma informação por favor. Primeiro aluguei uma casa/Era pequena velha e vermelha/ Na calçada um velho bueiro /E muita brecha na telha/ Janela não se podia abrir/ Para não entrar abelha. Vendemos o nosso carrinho/ Foi uma grande decisão/ O moço me deu um anel/ E pediu a minha mão/ Prometeu que me dava carinho/ E todo amor do seu coração. Mudamos para outro bairro/ Muito melhor e casa boa/ Fiquei/ com isso muito feliz/ E dava risada a toa/ Eu e meu amor agora/ Pegamos uma nova proa. O bairro era o Bandeira Verde/ Próximo ao Menino Deus/ Johnny adorava o colégio/ E tinha o amigo Mateus/ Um ano moramos por ali/ E tivemos que dar adeus./ Mudamos de novo de bairro/ Era o Nova Betânia agora/ Um condomínio bem legalq Eu não queria ir embora/ Temos muitos amigos por lá. Mesmo o que ali sofri/ Enfrentando todo tormento/ Com todos aqueles mosquitos/ Já não tinha mais xingamento/ E os sapos e pererecas dali/Também não tinha argumento. E a bomba para puxar água/ Deste episódio preciso esquecer/ Era encaixes de tantos canos/ Não dava para compreender/ Como pode o povo brasileiro/ Passar tanta coisa e sofrer?. E chegou mais uma hora/Outra vez de casa mudar/ Arrumamos tudo que tinha/ Tudo que podia levar/ O caminhão era pequeno/ E nem tudo pude carregar. E as plantinhas do meu jardim/ Tive que dar para alguém/ Estas eu não pude levar/ O bairro era bem ..../ Pia o nome do lugar/ Se chamava era Dois vintém. E lá vivi mais um ano/ Numa casa amarela e pequenina/ Mais confesso eu gostava/ E era tudo o que eu tinha/ Sempre vou lembrar/ Era meu sonho de menina. A cidade é bem festeiraq Tudo se pode comemorar/ Tem São João verdadeiro/ E muito milho para assar/ E era assim o ano inteiro/ Eu ia sempre lá dançar/ Forró gostoso e baião/ Arrasta pé ritmo bom/ Típicas do povo de lá/ Você não fica a toa/ Qualquer coisa lá é boa/ Disso não podemos duvidar.

CONTINUA...



A MULHER DA MINHA VIDA By Mário Rezende



A mulher da minha vida

é aquela que guarda o seu amor para mim.

Que reluta em me dizer não

e diz que me ama para quem quiser ouvir.

Minha fêmea mesmo quando estou ausente

se oferece como meu preferido presente

e se entrega incondicionalmente.

A mulher que com muito orgulho

e prazer eu chamo de querida

porque é, entre todas,a mais bonita.

Não é somente o que me inspira,

é a própria poesia com harmonia construída.

A mulher bela que eu amo e desejo

pode ser recatada e tímida,

mas como eu gosto quando ela se despe da pudicícia,

me ama devassa, depravada, enlouquecida

e me consome na conjunção ensaiada,

realizada em perfeita comunhão

dentro de nós dois!

A mulher que eu amo me ofereceu a flor

que brotou e criou raiz,

 dela somos  gineceu e androceu,

e vai ficar, eternamente,

no meu corpo e na minha mente,

marcada como uma cicatriz.

Homens que Dançam


Quem disse que homem não dança?! “É ruim da cabeça ou doente do pé”. Quem disse que homem só pode Muay Thai, se engana profundamente. Homem pode dançar, e duvido quem nunca tentou pelo menos uns passinhos de Elvis Presley nas festinhas do colégio?!


A dança nasceu associada às práticas mágicas do homem, com o desenvolvimento da civilização. O homem dançava pela sobrevivência, dançava para a natureza em busca de mais alimentos, água e também em forma de agradecimento. A dança era quase um instinto e esses acontecimentos eram registrados nas paredes de cavernas em forma de desenhos. Homens dançam, por que não?! Desde tempos remotos o homem dança. 

O número de homens que buscam por aulas de dança cresceu e as mulheres agradecem. Segundo elas, eles ficam mais atraentes, a paquera é melhor... A dança embala o homem, muda o humor, se tornam charmosos, verdadeiros galãs, como os de Hollywood! Além de mudar o convívio com as pessoas, eleva a autoestima. O homem que dança já é um diferencial. Dançar é bom e faz bem. Arrisque um passo para cá e outro para lá...Assim vai sentir que pode ir mais além, um pouco mais em sua vida. A grande maioria dos homens tem vergonha em dançar... Nós mulheres, nos perguntamos o por quê disto. Vergonha faz parte de todos nós, é o início, quando se deixa abrir para novas oportunidades, as coisas tem uma grandeza incrível, você irá notar rapidamente as mudanças de dentro para fora e não vai mais querer parar, e incrivelmente nos tornamos melhores, capazes e apaixonados pela vida. Quando o homem perceber que dançar é um transporte para um tempo diferente, não vai querer parar e não entenderá porque tanto tempo deixou passar. 

Segundo o Professor de dança Diogo Couto, “homens que dançam, passam de um simples provedor para um de qualidade, onde aprende a conhecer o corpo e alma de uma mulher, podendo transformar uma simples dança em um divisor de águas do ser, do sentir e do realizar”. Traquejo é o que faz parte dos homens. Numa balada, por exemplo, um homem não precisa de bebida para tomar coragem e chegar em uma mulher, basta chamá-la para dançar que tudo se encaixa perfeitamente. Todos os povos, em todas as épocas e lugares dançaram. 

Dançaram para expressar revolta ou amor, reverenciar ou afastar deuses, mostrar força ou arrependimento, rezar, conquistar, distrair, enfim, viver.” Você se torna um homem de atitude! Não precisam ser um Fred Astaire na pista, basta se sentir livre. Um homem que dança nunca está só, se torna livre para o mundo lá fora e também nos braços acalentados de uma mulher. “Dançar é uma necessidade interior, muito mais próxima do campo espiritual que do físico, foi o que motivou o homem a dançar utilizando-se do movimento como um veículo para a liberação de sua vida interior”. “ Dançar provavelmente não é seu objetivo ao ir a uma festa, mas aprender a dançar bem é uma excelente arma de sedução”

“Mas não precisa ser forte ou algo assim. Pode ser baixinho, gordinho e com pouco talento em artes marciais. Mas precisa passar segurança ao entrelaçar os dedos nas nossas mãos, como se ali gritasse que tudo vai dar certo”
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