2014, um ano inovador e
cheio de surpresas... Tem-se cumprido esta frase em meus dias. Tenho amigas
igual a pote de vitamina, de A a Z. A vitamina te faz bem, é boa até para os ossos,
mais amiga... Nem sempre é o melhor remédio. A gente acha que conhece as
pessoas, estamos tão enganados! E acho que realmente não estamos prontos para
perdas, seja ela qual for. Perdi uma pessoa querida, não de morte morrida ou
matada, perdi instantaneamente... Anos de momentos bons e de repente, que nem
miojo preparado em noite de sábado, ela se foi... Mentalmente.
O pior da
história toda, de nossas vidas, é que não fizemos nada uma a outra, apenas
paguei um preço, por ser amiga também de outras pessoas, e estas outras pessoas
que hoje não são mais amigas dela, da amiga que mentalmente perdi. Como não
ficar triste? Tenho amigas que conquistei e que fazem 20, 10 anos de convívio,
não dia-a-dia mais, porque sou uma eterna andarilha, ainda bem que o poder da
tecnologia me abraça firmemente, mais eu as tenho e cumpro meu dever de amiga,
sempre. Outras amigas conquistei tem
pouco tempo, 03...04 anos...E mesmo não podendo nos ver sempre, sempre que
podemos tomamos um café, trocamos mensagens no Whatsapp ou fotos pelo Facebook,
mais eu as tenho e com muito carinho preservo-as.
Então, esta amiga que se
distanciou de mim, era uma dessas de 03 anos, trocávamos figurinhas e tricotávamos
e sempre numa oportunidade nos víamos pessoalmente e era legal, embora um
errinho aqui e outro ali, era legal, risadas eram certas... Nunca tinha perdido
uma pessoa desta forma, sem explicação ou justificativas... Sem adeus ou um por
quê para tal situação.
Por que me sinto triste? Sempre achei que poderíamos
mudar as coisas, acertar os erros, dar ideias as coisas desajustadas... Percebi
que não, não somos aptos para tais coisas, acho que não deveríamos investir
tanto, porque a dor é muita, mesmo sabendo que apenas alguns quilômetros nos separam,
sinto em nossa mente este espaço é muito maior, é uma lacuna eterna, um abismo
de interrogações!
E o abismo é escuro, e seus ecos apavoram, trazem à tona
lágrimas tristes e pensamentos menores... Mais aprendi também, nesta vida de
labuta diária, que devemos continuar, outros momentos surgem, outros amigos são
conquistados e outras lembranças preenchem espaços mortos.
Perdoo este episódio
em minha vida, perdoo a amiga que se foi, se não me olhou nos olhos ou não
aceitou uma xícara de café e um proseado, mesmo que poético, não valia à pena.
Sei esquecer quem me fez mal, mais jamais esqueço quem realmente me faz bem, e
hoje me sinto tão acalentada, que nem preciso dos meus amigos irreais, os
poucos reais me bastam!
Remediada estou.
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