Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Superstição_Parte II

Em pleno século 21 ainda tem pessoas que acreditam em coisas absurdas que vieram dos nossos avós, então vamos analisar, para que a gente perceba quão bobos fomos nesse tempo todo: Quebrar um espelho dá sete anos de azar, varrer o pé de uma pessoa faz com que ela nunca se case, tomar leite com manga mata, se fizer careta e bater um vento no rosto ficará assim para sempre, deixar a bolsa no chão o dinheiro vai embora, comer muito queijo tira a memória, existe a crença que o sétimo filho de um casal, será um lobisomem; também a sétima filha de um casal será uma bruxa.

O mês de agosto é popularmente conhecido como o mês do desgosto. Os Romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao Imperador Augusto, quando estavam acontecendo os mais importantes fatos de sua vida, destacando-se, dentre os principais, a conquista do Egito e sua elevação à dignidade de cônsul. Porque, como e quando agosto começou a ser um mês azarento é que ninguém sabe explicar.

As mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Colocar o chapéu sobre a cama dá azar e quando alguém morre, as janelas devem ser abertas para a alma poder sair.

O Brasil, devido a mistura de raças (o índio, o negro e o europeu) é um campo fértil para as mais variadas e aberrantes superstições. A religião que deveria ser a sanadora deste problema, na verdade é a que mais o formenta. A religião indígena animista, o espiritismo africano misturado com práticas supersticiosas católicas, formaram e moldaram durante estes 500 anos as crendices do povo brasileiro. Não se sabe ao certo a origem exata de como a superstição começou influenciar na vida do homem. Mas com certeza essas práticas que existem hoje tem sua origem nas antiquíssimas religiões da Assíria, Babilônia, Egito, Grécia e Roma.

O universo das crendices é deveras enorme. Existem superstições para todas as ocasiões e pessoas. Há aquelas que são ligadas a avisos tais como: Borboletas negras = sinal de morte. Caiu um talher = visitas chegando. Viajar com padres = desgraça na certa. Tem ainda as superstições ligadas à medicina natural como simpatias para curar bronquite úlcera, dores e inflamações.


Por exemplo: banhar os olhos em urina de recém nascido do sexo masculino cura conjuntivite; passar no pescoço o sangue de galinha preta cura inflamação na garganta; comer formigas para recuperar a visão; a mulher deve beber um copo de água em que o marido tenha lavado o rosto para evitar aborto. Na Antiguidade a consulta dos oráculos era realizada sob qualquer pretexto, desde a perda de uma joia, até graves assuntos de estado, como poderiam ser as guerras, as alianças, sucessões, etc.

As superstições criadas em torno dos sacerdotes destes oráculos, aos quais se atribuíam poderes quase divinos, eram muitas e a sua palavra sagrada – todo aquele que consultasse o oráculo e fizesse caso omisso das suas previsões, poderia sofrer sérios castigos divinos. Segundo José Arjones Maiquez, a procura do Homem é incessante e nesta procura, apesar de alguns se manifestarem incrédulos, o certo é que, no mais íntimo de cada um de nós, existe a esperança e a crença em algo que de certa forma tentamos materializar numa pedra, numa medalha ou numa imagem. São tantas crendices e superstições brasileiras que é impossível descrever todas. Em outros países também existem crenças, achei interessante estas três: Na Ásia, há a crença de que quem nasce no Ano do Dragão, que vem uma vez a cada 12 anos na astrologia chinesa, é especialmente afortunado e tende a se dar melhor na vida.

Nos E.U.A mães não tem seus filhos no Halloween, o medo de que o filho nasça em pleno Dia das Bruxas é tanto que a mulher dá um jeitinho inexplicável de segurar a criança lá dentro até o feriado passar.Os agricultores de Massachusett, creem que se uma vaca mugir depois da meia noite, ocorrerá morte na família, e em algumas cidades interioranas contar história mentirosa durante o dia faz criar rabo, fala sério! Claro que um pouquinho de encanto não faz mal ninguém, desde que estas superstições não nos impeçam de realizar nossas tarefas rotineiras. E para encerrarmos o assunto de vez, fica uma frase bastante conhecida e carregada de superstição: “Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, elas existem”.

E não podemos esquecer-nos de dar os pulinhos para São Longuinho ao achar um objeto perdido. Pular as sete ondas na praia no Ano Novo também não faz mais a ninguém.


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