Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

PANORAMA ALÉM



Não sei que tempo faz, nem se é noite ou se é dia.
Não sinto onde é que estou, nem se estou. Não sei de nada.
Nem de ódio, nem amor. Tédio? Melancolia.
-Existência parada. Existência acabada. 

Nem se pode saber do que outrora existia.
A cegueira no olhar. Toda a noite calada
no ouvido. Presa a voz. Gesto vão. Boca fria.
A alma, um deserto branco: -o luar triste na geada...

Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.
Onde, as almas irmãs? Onde, Deus? Que degredo!
Ninguém.... O ermo atrás do ermo: - é a paisagem daqui.

Tudo opaco... E sem luz... E sem treva... O ar absorto...
Tudo em paz... Tudo só... Tudo irreal... Tudo morto...
Por que foi que eu morri? Quando foi que eu morri?





Cecília Meireles

Cupido --> Parte I


Dia dos Namorados chegando e nada melhor que falar do cupido. Este ícone que nos flecha e nos faz apaixonar. Depois vem os presentinhos, os deliciosos bombons, o jantar romântico...Mais tudo começa com ele, o Deus do amor. O Cupido é o Deus do desejo, afeto e erotismo. Filho da deusa Vênus e seu pai Marte (deus da guerra), também é conhecido em latim como Amor. Embora apareça na clássica arte grega como um jovem esbelto alado, durante o período Helenístico, ele estava cada vez mais retratado como um menino gordinho. Durante este tempo, sua iconografia adquiriu o arco e flecha que continuam a ser um atributo de identificação; uma pessoa, ou mesmo uma divindade, que é atingido por sua flecha é cheio de desejo incontrolável. 
O Cupido romano mantém essas características, que continuam na descrição de cupidos múltiplos em ambos na arte romana e a posterior tradição clássica da arte ocidental. Na literatura latina, a capacidade do Cupido para obrigar o amor e o desejo desempenha um papel instigante em vários mitos ou cenários literários. Cupido era uma figura continuamente popular na Idade Média , quando sob influência cristã muitas vezes ele tinha uma natureza dupla como o amor celeste e terrestre, e no Renascimento, quando um interesse renovado na filosofia clássica dotou complexos significados alegóricos. Na versão grega, ele foi nomeado Eros e visto como um dos deuses primordiais. 
A história de Cupido e Psiquê é bem interessante: Quando a mãe do Cupido ficou com ciúmes da princesa Psique, que era tão amada por seus súditos que se esqueceram da adoração de Vênus, ela ordenou Cupido flechar Psique com o amor mais vil  do mundo. Enquanto Cupido se escondia em seu quarto para acertar Psyche com uma seta de ouro, ele acidentalmente arranhou-se com sua própria seta e caiu profundamente apaixonado por ela. Toda noite Cupido vinha ver Psiquê, mas em uma forma invisível. A moça estava vivendo muito feliz naquele lindo palácio.
 Mas passando os dias Psiquê ficava cada vez mais curiosa para saber quem era seu marido. Certa noite, quando Cupido veio ver Psiquê, eles se encontraram e se amaram. Mas quando Cupido adormeceu, Psiquê escondida e em silêncio pegou uma lamparina e acendeu-a, e quando ela viu o belo jovem de rosto corado e cabelos loiros, ficou encantada. Mas num pequeno descuido ela deixou cair uma gota de óleo no braço do rapaz, que acordou assustado e, ao ver Psiquê, desapareceu. O encanto todo acabou, o palácio os jardins e tudo que havia em volta desapareceu, como num passe de mágica. Psiquê ficou sozinha num lugar árido, pedregoso e deserto. Desconsolado, Cupido voltou para o Olimpo e suplicou a Júpiter que lhe devolvesse a esposa amada. 
O senhor dos deuses respondeu:- "O deus do amor não pode se unir a uma mortal". Mas Cupido protestou. Será que Júpiter que tinha tanto poder não podia tornar Psiquê imortal? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Jupiter precisaria da ajuda de Cupido de novo. Seria mais prudente atender o seu pedido. Jupiter mandou Mercúrio ir buscar Psique e lhe trouxesse para o reino celeste. Então Jupiter, o soberano, transformou Psiquê em imortal. Nada mais se opôs aos amores de Cupido e Psiquê, nem mesmo Vênus, que ao ver seu filho tão feliz se moveu de compaixão e abençoou o casal. Seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses. Juntos viveram, tiveram uma filha, Voluptas, ou Hedone, e Psiquê (que significa ”alma”) se tornou uma deusa. Nossa! Este é o famoso “viveram felizes para sempre”. Realmente o amor é admirável e corajoso. Na pintura e escultura, Cupido é muitas vezes retratado como um nu, menino alado ou bebê, armado com seu arco e uma aljava de flechas. Em joias e outras peças sobreviventes, Cupido é geralmente mostrado se divertindo com brincadeiras de infância, às vezes, a condução de um aro, atirar dardos, captura uma borboleta, ou flertando com uma ninfa. 
Ele é muitas vezes representado com sua mãe, tocando uma corneta. Em outras imagens, a sua mãe é descrita como um xingar devido à sua natureza perversa. Ele também é mostrado usando um capacete e carregando um escudo, talvez em referência a Virgil 's Omnia vincit (“frase latina que significa “conquista trabalho duro”) Amor ou como sátira política em guerras para o amor ou o amor como a guerra. Cupido está também em figuras proeminente em poesia, letras e, claro, elegíaco amor e poesia metamórficas. Na literatura mais tarde, o Cupido é frequentemente invocado como volúvel, brincalhão, e perverso. Também carregando dois conjuntos de setas: um conjunto de cabeça dourada, que inspiram o amor, e a outra de chumbo-cabeças, que inspiram o ódio.


CONTINUA...

Nem Sempre



Nem sempre estou pronta para este apocalipse de ideias, este vendaval de emoções desconsertadas, neste mar de sangrias desatadas que afronta minha alma, este tornado que gira em torno de mim, que me delata, me pune constantemente. 
Nem sempre estou pronta para batalhar na guerra dos sentimentos, me farpar, me cortar inteira, esbanjar meu sangue por aí, nesta cadeia insana e corrupta, neste mundo caduco que mora em algum, lugar aí fora de mim. 
Atormentada no meu próprio credo, acorrentada na minha própria estupidez, absurdamente descontraída, moldada como antigamente, sem ships, sem programação. Sou eu ainda por dentro, vestida completamente com sonhos galopantes, com vestígios apimentados, doida para abrir os olhos e voltar pra casa. Sonhar não tem me custado nada e crer que não posso ser perseguida ou atormentada por estes zumbis e vampiros que acoitam as noites, e este tem sido minha sina, minha crença em sair daqui, ainda estou viva e esta ponte pode me levar a ponte ao entardecer. 
Não poderei ser tola novamente em me atirar no abismo de contradições e medo. 
Sei que já não sou a amante preferida dos deuses ordinários deste tempo, e este duelo que travo neste além, entre a morte e a vida, entre o passado e o presente atravessando freneticamente em minha frente, esta batalha sem início certa já se apoderou do meu fracasso, me despertou tempos atrás, agora sou apenas uma simples humana com chifres, pele grossa e armas mortais. 
Nem sempre sou covarde em caminhar neste chão de mortos, há coisas mágicas em mim, que eu própria duvido e sinto que ainda tenho um colorido que me faz invisível as sombras de sofreguidão que me perseguem nestas noites frias e cinzas. Todas as outras vidas que vivi, todas as vidas que conheci, estão todas deitadas neste solo de espinho e chamas e tenho de tirar do peito todas as lembranças delas, não poderei atravessar com tantos segredos ainda trancado em mim. 
Nem sempre sou assim tão nua, tão completamente crua. Minhas veias ainda estão recheadas de pavor, não poderei entrar no paraíso com todo este sabor, com todo este contraste de fel, mel e enxofre.

Ciúmes



Não é difícil encontrarmos pessoas que estão num relacionamento que não as satisfaz em vários níveis. Sejam relações amorosas, de amizade ou familiares, um número razoável de pessoas se encontra num relacionamento ou num modelo de relacionamento, que já se esgotou.  Relacionamentos que lhes fazem mal sufocam, inibem, não promovem troca ou crescimento. E apesar desta consciência não conseguem se ver sem ele. Esta dependência é mais comum do que se imagina e acontece entre mães/pais e filhos, entre casais e até entre amigos. A dependência emocional é a percepção que o indivíduo tem de não conseguir lidar consigo e com a vida de forma adequada sem a presença ou o auxílio de outra pessoa. Como se sente à mercê dos cuidados de alguém, que geralmente é uma pessoa próxima, familiar, cônjuge, namorado, etc, se submete a decisões, atitudes ou até abusos e humilhações  pelo medo de romper o vínculo com quem consegue fazê-lo "funcionar" adequadamente como indivíduo. São pessoas que não tomam decisões facilmente, mesmo as decisões mais simples, sem se assegurarem de conselhos e aprovação.  Não agem com independência e podem não se tornar competentes ou ter sucesso em suas atividades, pelo medo que têm da pessoa da qual dependem perceber que podem atuar sozinhos no mundo, rompendo assim o vínculo que existe. Por exemplo, o ciúme. O ciúme é sentimento doloroso ou ainda as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada. A suspeita ou a certeza de sua infidelidade faz nascer em alguém; sentimento de posse acompanhado de um desejo intenso de não dividir com ninguém o objeto do seu interesse; receio de perder alguma coisa; inveja, cuidado, zelo e pode transformar-se em uma obsessão, até mesmo uma paranoia. Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia. Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador. O ciúme é uma emoção humana extremamente comum, universal, podendo ser difícil á distinção entre ciúme normal e patológico.  Seria então o ciúme, um conjunto de emoções desencadeadas por sentimentos de ameaça a estabilidade ou qualidade de um relacionamento íntimo valorizado. Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos: Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja,medo, depressão e humilhação; Pensamentos - ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração; Reações físicas - taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas. Comportamentos - questionamento constante e busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas. O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio. Nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida. Como todo sentimento, tem seu lado positivo e seu lado negativo. A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade um traço marcante de timidez e sentimentos de insegurança, problemas que costumam ter raízes na infância. Ciúmes simples, patológico, em cães, entre irmãos e até na literatura. A intensidade dramática do ciúme faz dele um tema atraente para escritores. Alguns souberam tratá-lo com maestria e produziram obras primas, como exemplo clássico de Otelo, de William Shakespeare, Dom Casmurro, Machado de Assis e tantos outros. Procurar ajuda é essencial, livros, simpatias, psicólogos...Eis uma bela frase de Ultraje a Rigor “Ser mais seguro e não ser tão impulsivo”.

Tempestades ao Dormir



Constantemente passam em mim,
redemoinhos,
espirais formados pelas minhas ideias,
minhas insônias.
twisters que cochicham,
que me roçam a testa,
que destroçam meu céu,
véu,
minhas borboletas cintiladas da janela...
Estes vendavais escabrosos,
acenos de horror,
sopros em minhas velas antigas,
noites,
dias...
Tempestades que levam meu mundo.
Desejaria não desejar ventos fortes,
raios,
trovões.
Apenas bonança na hora em que vou dormir...

Império do Sol_Filme On Line




O absurdo da Guerra pelos olhos de Jim (Christian Bale), um garoto de 11 anos. Filho de diplomatas, ele reside na parte inglesa de Xangai (China) e vê sua infância tranquila ruir diante do conflito. Separado dos pais, sem casa, comida e afeto, ele se torna prisioneiro dos japoneses tentando sobreviver nas piores circunstâncias. Apesar das atrocidades que vivencia, Jim continua sonhando com aviões, paixão desde criancinha. Uma das sequências mais tocantes é quando a aviação norte-americana bombardeia um campo de prisioneiros. O garoto corre para dar boas vindas aos pilotos e aviões, não por méritos guerreiros, mas pela materialização da magia, pela realização de seu sonho.


FICHA TÉCNICA


Diretor: Steven Spielberg
Elenco: Christian Bale, John Malkovich, Miranda Richardson, Nigel Havers, Joe Pantoliano, Ben Stiller.
Produção: Steven Spielberg, Kathleen Kennedy, Frank Marshall
Roteiro: Menno Meyjes, Tom Stoppard
Fotografia: Allen Daviau
Trilha Sonora: John Williams
Duração: 154 min.
Ano: 1987
País: EUA/Espanha
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Amblin Entertainment / Warner Bros. Pictures


EAB-S.J.dos Campos Air Show (Junho/2012)










74 GE PEDRA GRANDE NA ROMARIA ESCOTEIRA EM APARECIDA DO NORTE







Gêmeos em busca da harmonia



Dia e noite, sol e chuva, frio e calor. Vivemos na dualidade. Yin e Yang, vazio e matéria, masculino e feminino são exemplos de símbolos que se unem pela oposição. O movimento do mundo se mantém dinâmico enquanto forças opostas e complementares se equilibram.
Serão os humanos também opostos e complementares? Todos os seres humanos são iguais e, ao mesmo tempo, cada um que nasce é diferente do outro. Até os gêmeos, que muitas vezes parecem iguais, são diferentes.

O tema dos gêmeos sempre fascinou as culturas. Adorados ou temidos, foram imaginados como elementos que exprimem a dualidade de todo ser, por isso foram normalmente retratados como antagonistas. Se um é bom, o outro é mau, se um constrói, o outro destrói. Os gêmeos simbolizam a eterna luta do ser humano dividido entre contradições espirituais e materiais para afirmar sua personalidade, no conflito entre ser e não-ser.

(...)

Solange Firmino


Leia mais na Coluna Mito em Contexto em Blocos online.

Os Vingadores



Os Vingadores é um filme americano de super-heróis de 2012 produzido pela Marvel Studios e distribuído pela Walt Disney Pictures. O filme foi escrito e dirigido por Joss Whedon e estrelado por Robert Downey Jr., Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson e Chris Evans.
O longa-metragem faz parte do chamado "Marvel Cinematic Universe" - um universo ficcional compartilhado por filmes independentes produzidos pela Marvel Studios, cruzando vários filmes de super-heróis da Marvel, incluindo Homem de Ferro, O Incrível Hulk, Homem de Ferro 2, Thor e Capitão América: O Primeiro Vingador. 
Todos os super-heróis que formam os Vingadores já foram vistos em filmes anteriores, cujas histórias serviram de prelúdio para este longa, como o Gavião Arqueiro esteve em Thor  e Viúva Negra em Homem de Ferro 2. Segundo o diretor Joss Whedon Os Vingadores é fortemente influenciado pelas histórias do grupo publicadas nos anos 60. Um dos filmes mais esperados de toda a história. Posso dizer que é um filme muito divertido, correto e fiel às HQ’s, uma verdadeira obra-prima. A importância de mostrar as habilidades dos personagens foi intensa, como Gavião Arqueiro e Viúva Negra. 
Os Vingadores mesmo lutando contra uma horda de alienígenas e um Deus Asgardiano, são os maiores heróis dessa Terra, não de alguma outra qualquer criada na cabeça de algum escritor, mais precisamente, em uma Manhattan visitada por uma câmera sem cortes, comandada por Whedon, em parceria com a fotografia de Seamus McGarvey, que também foi diretor de fotografia, e até indicado ao Oscar, por Desejo e Reparação, que, como em uma “Splash Page”, mostra todos os heróis em ação. A química do elenco casa perfeitamente com a interação entre os personagens. 
Mais uma vez Robert Downey Jr. rouba a cena, com o carisma, o sarcasmo e a presença do bilionário Tony Stark. Suas tiradas são geniais, como quando pergunta a Thor: “Sua mãe sabe que você usa as cortinas do banheiro dela?”. Muito bem lembrado, adorei a observação do Jornalista Aurelio Moraes. A computação gráfica de Hulk, “interpretada” por Mark Ruffalo com a mesma técnica de captura de Avatar também merece menção, com participação épica do grande verdão, que conta com boas pitadas de humor, como quando ele briga com o arrogante Loki ou despenca dos céus em um depósito. 
A humanidade dos super-heróis também é bem abordada, onde eles mostram em detalhes seus erros, seus temperamentos e ao mesmo tempo, a capacidade de se sacrificarem em nome de sua nobre batalha. Achei bárbaro, o Capitão América está deslocado no tempo, mas se mostra o líder que a equipe precisa; Thor está ao mesmo tempo furioso e atormentado pelas ações de seu irmão, Loki; Bruce Banner precisa manter controle o tempo todo sobre o Hulk; a Viúva Negra se protege sob uma fachada de frieza, mas se percebe que ela sofre com seu passado; o Gavião Arqueiro é manipulado por Loki e precisa se vingar; e Nick Fury tem que lidar com o fardo de comandar a defesa da Terra.
Sua sinopse é: Quando um inesperado inimigo aparece e ameaça a segurança e a tranquilidade do mundo, Nick Fury, diretor da agência internacional de pacificação conhecida como SHIELD, se vê em busca de uma equipe capaz de tirar o mundo da iminência de um desastre. Através do planeta, um ousado recrutamento se inicia. Loki (Tom Hiddleston) retorna à Terra enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba o cubo mágico dentro de instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire grandes poderes. Loki os usa para controlar o dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que passam a trabalhar para ele. 
No intuito de contê-los, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson). 
Só que, apesar do grande perigo que a Terra corre, não é tão simples assim conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo. Prepare-se para uma grande batalha! 
Recorde de bilheteria no fim de semana de estreia, nos EUA foi a maior da história, desbancando o campeão anterior, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2. Lembrando a ótima trilha sonora do consagrado Alan Silvestri. Prepare-se com pipoca, o Filme é nota 10. 

Máscaras



No Antigo Egito, o povo acreditava que a colocação de uma máscara na face dos mortos ajudava na passagem para a vida eterna. Na China, as máscaras eram usadas para afastar os maus espíritos, enquanto que os Gregos usavam as máscaras nas suas cerimônias religiosas. 
O mais antigo documento sobre o uso das máscaras em Veneza data de 02 de Maio de 1268. Um outro, datado de 22 de Fevereiro de 1339, proibia os mascarados de vaguearem pela noite nas ruas da cidade. As máscaras foram utilizadas na Grécia Antiga, durante as festividades de Dionísio, o deus do vinho. Dizem que essas festividades dos povos antigos deram origem ao carnaval. Nas cerimônias para o deus Dionísio, por exemplo, usava-se a máscara e acreditava-se que ele estaria presente entre as pessoas durante a festa. No Japão, por exemplo, utilizam-se máscaras no palco até hoje para marcar bem as características dos personagens. 
Em Veneza, as máscaras também se tornaram peças decorativas, transformando-se na principal atividade econômica da Região, no séc. XVIII, o uso da máscara tornou-se um hábito diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi precisa uma lei, a lei de Doge, para acabar com este hábito, porque a polícia tinha uma certa dificuldade em reconhecer os assassinos que constantemente matavam nas vielas da cidade. 
Os Venezianos passaram a usá-la durante o Carnaval que durava um mês e nas festas e jantares. Em relação à palavra Carnaval, esta tem origem na Idade Média, sendo que para uns, deriva de “carrum navalis”, que eram os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C. e para outros, a palavra surgiu quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Em muitas culturas ditas primitivas da África, da América e do Oceano Pacífico, as máscaras são usadas em cerimônias religiosas. 

Em algumas tribos indígenas, por exemplo, cabe aos índios mais idosos usá-las durante rituais para curar doentes, espantar maus espíritos ou celebrar casamentos e ritos de passagens.  
Hoje em dia, ainda utilizamos máscaras em festas.  Uma das datas em que elas aparecem é o Dia das Bruxas. Outra festa de máscaras bastante marcante acontece em fevereiro, no Brasil. É o Carnaval, onde os foliões se fantasiam e usam máscaras para brincar e dançar. As máscaras mais célebres foram as máscaras funerárias egípcias de TOUTANKAMON, a de AGAMÉMNON trazida de Micena, mas as máscaras podem ser feitas de diversos materiais naturais como madeira, fibras, palhas, barro, chifres, conchas, plumas, peles de animais, pedras, tecido ou espiga de milho, entre outros. Os Eskimós no Alaska acreditavam que cada criatura tinha uma dupla existência e podia mudar para a forma de um ser humano ou animal, bastando querer. Os nativos americanos na parte noroeste dos Estados Unidos usavam máscaras numa cerimónia anual em que choravam os mortos. 
Os homens representavam os fantasmas dos mortos com máscaras pintadas e decoradas com penas e ervas. No Brasil, as tribos primitivas faziam e usavam máscaras representando animais, aves e insetos. Na Ásia, as máscaras eram também usadas para cerimônias religiosas e, mais tarde, para funções sociais tais como casamentos e diversos divertimentos. 
Com as máscaras, nos transformamos em outra pessoa, adquirimos uma nova personalidade, apta a enfrentar qualquer realidade. Não raro usamos máscaras invisíveis, quase imperceptíveis, que nos ajudam a enfrentar as mais diversas situações. Pitty tem toda razão: “Tira a máscara que cobre o seu rosto.
Se mostre e eu descubro se eu gosto. Do seu verdadeiro, jeito de ser. Mesmo que seja bizarro, Mesmo que seja estranho, o importante é ser você”. Mas há aqueles que usam máscaras o tempo todo; não conseguem mais se livrar delas. Se sentem tão confortáveis atrás das mesmas que não conseguem mais encarar a realidade. As máscaras podem transformar a pessoa no que ela quiser. E porque alguém se esconderia atrás de algo que não é verdade? Não podemos ser 100% sinceros o tempo todo, porque a verdade dói, é cruel, coloca o dedo na ferida.  
Criamos dentro de nós as nossas próprias máscaras, ornamentadas do nosso jeito e só retiramos ao dormir, porque dormindo não podemos ser outra pessoa.
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