Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Mitologia por Sol Firmino...O purificador Apolo

Escavações no local do Oráculo de Delfosmostraram que, à época micênica, séculos XIV-XI, o lugar era um vilarejo pobre, e seus habitantes veneravam uma deusa que lá possuía um Oráculo da deusa Geia, considerada a mãe-Terra. O guardião do Oráculo era, a princípio, um dragão fêmea com o nome de Delfine. A partir do século VIII a.C., o vigilante foi designado como Píton, uma gigantesca serpente. Seja qual for, o guardião simbolizava a soberania primordial das potências telúricas que protegia o Oráculo de Geia. Esse guardião foi morto por Apolo, um deus patrilinear.

Desde o século VIII a.C., Apolo se tornou mestre do canto, da música, da poesia e das Musas, mas primeiramente foi considerado um deus purificador da alma, pois a liberava de seus atos desonrosos. Ele se tornou mestre das expiações relativas ao homicídio, porque ele mesmo se submeteu a uma catarse após matar Píton, permanecendo um ano no vale de Tempe. Para se livrar da impureza do ato, era preciso que a culpa fosse expiada com ritos catárticos, evitando assim contaminação do génos, pois qualquer falta cometida por um membro da família, contaminava a família inteira. As histórias das maldições hereditárias da Grécia Antiga foram temas de vários mitos e tragédias, como a trilogia de Ésquilo.

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Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.


Imagem: Apolo Belvedere, de Leocarés. 300 a.C.

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