Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Selinho "Master Blog".Recebido da amiga "Ana", fiel leitora do ♥ Argumento Poético ♥, desde já agradecendo repassado...

Selo para o Blog que ganhei.

(Ganhamos)

Ganhei meu terceiro selo de Blog, um lindo Selinho da amiga Ana e

gostaria de agradecer pelo carinho.

Todos que visitam o blog e comentam, muitíssimo obrigada...

A regra para ganhar o selo é repassá-lo para dez pessoas.

Eis a Lista:

1 Sol Firmino: www.solfirmino.blogspot.com

2 Nena Souza: www.nenaneninha.blogspot.com

3 Camila: www.camila-entrequatroparedes.blogspot.com

4 Ítala: www.rascunhosditala.blogspot.com

5 Josselene Marques: www.jmmfselene.blogspot.com

6 Veloso: www.baudoveloso.blogspot.com

7 Peter: www.peter-pho2.blogspot.com

8 Tati Campêlo: www.gastronomiaefotografia.blogspot.com

9 Martha Correa: www.marthacorreaonline.blogspot.com

10 Altair de Oliveira: www.poetaaltairdeoliveira.blogspot.com

Obs: Foi difícil fazer as escolhas, tive de deixar muitos de fora, certamente haverá outras oportunidades! Sucesso para todos nós.

Sulla Mino


Vídeo Contos que conto: Os Noivos

Suzana e César são vizinhos e grandes amigos, Suzana tem apenas 8 anos e César 10 anos.

Fazem um pacto de se casarem na igreja, ela com um belo vestido branco, com alguns brilhantes e um buquê de rosas vermelhas e ele com um cravo na lapela e bastante gel no cabelo. Cortaram os dedos indicadores e chuparam o sangue que escorria. Depois deste pacto feito, voltaram para o quintal e retornaram para a brincadeira.

Mal dava nove horas da manhã, César já estava na porta de Suzana, com sua possante bike, chamando-a para passearem perto do lago, César queria fazer uma surpresa a sua noiva...


Designer: Neto Silva

Texto: Sulla Mino

Voz: Sulla Mino

Resenha: Shrek 4Ever 3D

Shrek Para sempre foi lançado em maio de 2010, dirigido por Mike Mitchell e com roteiro de Tim Sullivan. Totalmente feito em 3D, é a última parte da franquia Shrek. Foi exibido no Brasil a partir do dia 9 de julho de 2010. Obteve a maior bilheteria de seu final de semana de estréia nos Estados Unidos, US$71,3 milhões. O filme é a continuação da série, e começa um pouco antes do enredo do primeiro filme, com Rumpelstiltskin, lendo o conhecido livro Shrek de contos de fadas, ele conta a história da Princesa Fiona, dizendo que por sua terrível maldição em que todo dia se transforma em uma ogra após o nascer do sol, e por fim dizendo que seus pais, o rei Harold e a rainha Lillian, eram capazes de fazer qualquer coisa para salvar a filha. Após enfrentar um dragão, resgatar a princesa e salvar o reino de seus sogros, Shrek virou um homem de família. Ao invés de assustar os moradores locais, agora o ogro verde vive dando autógrafos. Pensando no passado, Shrek assina um pacto com o falante duende Rumplestiltskin, e subitamente se vê em uma versão alternativa e deturpada do reino de Tão Tão Distante, onde os ogros são caçados. Além disso, ele e Fiona perdem seus postos, já que Rumplestiltskin toma os seus lugares ao se tornar o rei. Agora, só Shrek pode desfazer seu erro, salvar seus amigos, seu reino e sua esposa, eis todo o drama do filme. Mike Myers está na voz de Shrek, o ator, comediante, escritor e produtor, adoro seu trabalho “Austin Powers”, Eddie Murphy na voz do burro então, nem se fala, espetacular, Cameron Diaz como Princesa Fiona é magnífico. As imagens em 3D são maravilhosas, duas dimensões elaboradas de forma a proporcionarem a ilusão de terem três dimensões, a gente se sente fazendo parte do filme, eu levei vários sustos, principalmente quando a carroagem vinha na minha direção, pensei que seria esmagada pelos cavalos, incrível. A modelagem tridimensional é basicamente a formação de objetos, personagens, cenários, com uma ligeira diferença entre elas provocando uma ilusão de ótica de profundidade quando vista com óculos 3D, através de um programa especializado com ferramentas avançadas. O filme tem grande destaque por ter um humor inovador e se utilizar paródias com artistas famosos e clássicos de contos de fadas, como "Os Três Porquinhos", "Robin Hood", "Pinóquio", entre outros. Trilha sonora "Hallelujah" - Rufus Wainwright, na composição de Leonard Cohen, perfeito. Vale a pena conferir o Ogro mais divertido do cinema. Minha primeira vez assistindo em 3D, não quero outra vida!


Resenha “Crepúsculo Antropológico”

Li Crepúsculo Antropológico, um excelente livro ganhador do projeto Rota Batida 2008-Funt-Um Rosado-Mossoró, capa do espetacular Rick Waekmann. Uma coleção de ensaios às Ciências Sociais e à compreensão do espírito humano, uma manifestação cultural do nosso amigo Vanderlan Silva. Estas marcas intelectuais guardadas com ele, hoje nos transmitidas tão vivaz, de um período intenso, como dizem suas próprias palavras. Uma viagem, diferenças vistas por observadores e filósofos como Rousseau e Hobbes, escolhi estes dois exemplos que me puseram diante de um muro alto e forte. O livro nos guia como uma esteira aos estudos culturais e magníficas diferenças. Marcando palavras do exemplar, grifando argumentos do próprio autor, fiz minha reflexão nas tais diferenças sociais, culturas distantes, incógnitas, viajei nas linhas filosóficas e deliciei-me em crônicas e tentativas de entender minha própria diversidade. As coisas se misturam, ciência, curiosidade, os primeiros antropólogos procuravam explicar as várias sociedades, um trajeto científico, Histórias, Literaturas, Sociologia, tudo em uma coisa só, tentativa de se construir um conceito sobre o homem e uma simples palavra para definir o estado de natureza do indivíduo seria sobrevivência. As desigualdades entre os homens, as diferenças, criaram empecilhos à vida? Almejamos construir um homem inteiramente bom ou mal? Somos primitivos e selvagens? O que nos leva a saciar a vida da forma que fazemos, fome? Frio? Vingança? Estas perguntas soam em mim como badalos dos sinos. O convívio em grupo é o que nos mata, não somos justos, não somos civilizados, queremos a paz fazendo a guerra, queremos coisas necessárias sem termos trabalho, desejamos construir o impossível! “É diante da diferença encontrada no estranho que se reconhece aquilo que nos é familiar”. Sempre temos um “ontem” para nos guiar, acho que nos dias de hoje somos um pouco de Rousseau e um tanto de Hobbes, somos dóceis e poéticos e extremamente miseráveis e imbecis. Temos essência? Somos realmente revolucionários em evolução? As crenças religiosas nos influenciam? O que trazemos da infância? A página 47, pos meu pensamento a latejar, a duvidar e entender muitas coisas, seres divinos, deuses, nascer, morrer, uma certa “configuração da vida humana”. Estrutura familiar? Somos um leque de opções e sempre muito polêmicos, como diz Malinowski “É necessário descobrir o esquema básico da vida tribal”, está aí a colcha de retalhos, temos nossas respostas através das nossas necessidades. “Observar” seria nossa chave mestra, se analisássemos os grandes nomes antropológicos, literários, filósofos e até os matemáticos, entenderíamos mais sobre do nosso “eu”, da sociedade, vida e obra, nosso percurso, difamaríamos menos este imenso espelho chamado vida. Seríamos mais passivos e racionais com nossas tribos. São deixamos os bens para agravarmos o estudo, nossa existência necessária, esta troca nos leva aos nossos valores, somos rivais de nós mesmo, somos elementos, aprendizes, temos diferenças biológicas e estamos presos no nosso tempo, com limitações que construímos. Charles Darwin, Boucher de Perthes, Lucrécio, Heródoto, Aristóteles, Carlos Liceu, Émile Durklem, Clifford Geertz...Tantos grandiosos nomes me fazem refletir, minhas dúvidas não claras, sou abstrata seguindo na história.


Museu-Submarino Riachuelo no RJ

Ao visitar o Espaço Cultural da Marinha (ECM), você vai embarcar numa sensacional viagem pela história do Brasil e da navegação. Logo na entrada, a exuberante Galeota D. João VI vai transportá-lo ao século XIX. Construída em 1808, em Salvador, essa embarcação esteve em uso até os primeiros governos republicanos.
O público terá uma noção da vida a bordo ao visitar seus compartimentos e conhecer parte do seu armamento, suas máquinas e equipamentos diversos.
Construído em 1973, na Inglaterra, o Submarino Riachuelo foi lançado ao mar em 6 de setembro de 1975, e incorporado à Armada brasileira em 27 de janeiro de 1977.
Submarino da classe Oberon, trouxe um grande avanço no domínio de técnicas para os procedimentos operativos, demarcando uma nova etapa na história da nossa Força de Submarinos.

Após 20 anos de operatividade, foi desincorporado do Serviço Ativo da Armada. Sua Mostra de Desarmamento foi realizada em 12 de novembro de 1997, sendo reclassificado como Submarino-Museu.

Sétimo navio da Marinha do Brasil a ostentar este nome, recorda a batalha naval de 11 de junho de 1865 entre a esquadra paraguaia e uma fração da esquadra brasileira, sob o comando do Almirante Barroso, ocorrida nas proximidades de um riacho do mesmo nome.




Av. Alfred Agache, s/n, próximo à Praça XV, Centro, RJ
Tel: 2233-9165/ Fax: 2104-6721

Vistação - terça a domingo, das 12h às 17h. Entrada Franca.


Poesia por Mário rezende










Recebi aqueles beijos perfumados

que você me mandou meses atrás.

Beijos emocionados pra você também,

meu amor, antes que caia a ligação.

São uma delícia seus novos beijos virtuais,

com movimento e som, demais!

Alimentam a esperança

Do que eu desejo,

você aqui, pra te cobrir de beijos

sensuais, carnais, canibalescos...

deliciosamente reais.

Mitologia por Sol Firmino...O purificador Apolo

Escavações no local do Oráculo de Delfosmostraram que, à época micênica, séculos XIV-XI, o lugar era um vilarejo pobre, e seus habitantes veneravam uma deusa que lá possuía um Oráculo da deusa Geia, considerada a mãe-Terra. O guardião do Oráculo era, a princípio, um dragão fêmea com o nome de Delfine. A partir do século VIII a.C., o vigilante foi designado como Píton, uma gigantesca serpente. Seja qual for, o guardião simbolizava a soberania primordial das potências telúricas que protegia o Oráculo de Geia. Esse guardião foi morto por Apolo, um deus patrilinear.

Desde o século VIII a.C., Apolo se tornou mestre do canto, da música, da poesia e das Musas, mas primeiramente foi considerado um deus purificador da alma, pois a liberava de seus atos desonrosos. Ele se tornou mestre das expiações relativas ao homicídio, porque ele mesmo se submeteu a uma catarse após matar Píton, permanecendo um ano no vale de Tempe. Para se livrar da impureza do ato, era preciso que a culpa fosse expiada com ritos catárticos, evitando assim contaminação do génos, pois qualquer falta cometida por um membro da família, contaminava a família inteira. As histórias das maldições hereditárias da Grécia Antiga foram temas de vários mitos e tragédias, como a trilogia de Ésquilo.

(...)

Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.


Imagem: Apolo Belvedere, de Leocarés. 300 a.C.

Crônica Por sulla Mino...Fred Burle

Engana-se quem achar que este rosto bonito é somente um rostinho bonitinho na Net. Minha andança nas palavras, nas intermináveis e incansáveis buscas por uma inspiração, encontrei Sr. Burle, meu amigo Fred. Ele tem vinte e poucos anos, é mineiro uai e vive em Brasília, na verdade se encontra no momento em Berlim, não é fraco não. Produtor audiovisual e tem concluídos 5 curtas-metragens. Produziu também um documentário em longa-metragem, assim como um capítulo para uma série da TV Brasil, a ser exibido em 2011. Burle é formado em Arquivologia. Jovem, bonito, inteligente e muito atencioso, nem quero saber se é solteiro, pra mim não vai fazer diferença alguma, não sei se minha amiga Saulinha de Mossoró vai querer saber deste minúsculo detalhe. Cinéfilo, criou um Blog para expressar as opiniões sobre sua paixão, o cinema. Atualmente publica seus artigos e críticas no blog e no portal CinePop, mas já publicou também no Idearium e no Jornal Alô Brasília . Gosto muito das suas palavras, suas críticas aos filmes são essenciais ao nosso lazer, embora não concorde com algumas citações, por exemplo, dizer esta frase para despedida de Sheck “a chave utilizada para ir embora foi de latão e da porta dos fundos”. Em Avatar, avistei que existe um certa sensibilidade em seu “ar” de crítico, A princesa e o sapo também foi um filme maravilhoso e só o Sr. Burle mesmo para perceber sobre alguns detalhes interessantes, obvio de quem gosta mesmo dos filmes Disney, não li crítica tão bonita sobre esta animação, na verdade, acho que foi uma bela crônica. A página do Sr. Burle deve ser lida como uma “parada obrigatória”, um livro de cabeceira, vale muito à pena. Gosto é gosto, não se discute e cada um tem o seu paladar as coisas, continuo fã do Sr. Burle, não vai ser um sarcasmo aqui, algo peculiar ali, que fará mal ao meu pensar sobre o galã das críticas, o meu preferido e estou feliz pela nota 9,5 que deu ao espetacular Toy Story, não podemos negar que toda ação do filme é sempre muita diversão para a garotada e estou muito feliz em concordar com suas citações a Mary e Max, o filme é maravilhoso e Sr. Burle fez jus aos elogios prestados a esta obra-prima. Não sou crítica, apenas sou uma amante dos filmes, enquanto estou de um lado apreciando a história, o galã ou a mocinha, torcendo por um final feliz, já que nas páginas da nossa vida não temos isto com frequência, apesar de não me atrair muito certos finais “felizes para sempre”, do outro lado Sr. Burle analisando a sonoplastia, trilha sonora, arte, figurino...Concordo e é seu dever isto fazer, ao meu bel-prazer, suas críticas fanáticas são essenciais para que possamos analisar qual filme escolher e deliciar na telona e claro, saborear uma gostosa pipoca. Meu cinéfilo preferido: Sr. Burle Nota: 9,9

Poesia por Sulla Mino...A morte e eu


Vejo um vulto escondido atrás de velho morro,

ouço um grito inquieto vindo de lá, cessante e bem agudo,

ofereço ajuda com palavras finas de minha boca tímida,

estava descalço naquele chão quente, longe de casa, terrível medo e dor.


Recitei meus versos, no meu linguajar maduro, bem ligeiro,

tornei-me pleno e voraz naquele instante, sinistro momento,

minha sombra se esconde, em volta de mim ecos, ecos somente.

Uma música teria feito mais efeito, uma voz um tanto rouca talvez.


Era a morte que apareceu tão bela e sorridente pra mim,

fez um aceno, fazendo escurecer o céu com nuvens cinzas,

o morro tremia, o vulcão nascia, larvas tomavam o morro a baixo,

brilhavam feito pedras de brilhantes e tinha um barulho ensurdecedor.


O pequeno vale se transformava em treva, meu lábio tremia, mudo,

torcia para minha coragem correr dali,

o inferno tomava conta, trazia a tona velhos deuses,

almas gritantes em desespero, eu temi novamente.


Num giro mágico, encontrei-me à frente de um abismo,

minha lucidez virgem, meu pensamento ausente,

minhas mãos frias desapareciam feito pó, depois todo o corpo,

era o encontro com o mestre, eu já não era um sábio homem.


Em minutos o silêncio reinou devagar, tudo já era em forma de flores,

o abismo se tornara um imenso espelho e eu pude me jogar,

as almas dos meus deuses evaporavam no céu,

eu tomava um outro corpo, sem formas exatas, sem cor e lindas asas.


A morte tomava outro rumo, indo ao Norte,

eu seguia pelo céu tomado de estrelas,

era o caminho mais curto agora.

A morte e eu, tentando chegar ao encontro com Deus.

Crônica: Elaine e seu mundo

Não posso me comparar a um pássaro solto por aí, dando seus rasantes nos vales das sombras, sou de um tempo que já está fora, estou fora, no meu controle insano.

Não sou uma ave perdida entre dois mundos, agarrada a uma térmica silenciosa. Sinto dor, choro, sinto coisas absurdas dentro de mim, não sei entender e muitas vezes não quero aceitar.

Gosto do gosto amargo da fruta que como, de me despir para a noite sangrenta do meu desespero, não sou verbal, apenas abstrata.

Delicio-me recordando velhas lembranças esquecidas, aquelas que todos fazem questão de apagar das mentes doentias e loucas, dia após dia me reviro, enlouqueço no meu delírio, tudo imediato e constante.

Apego-me as tolices, feito brincadeira de criança levada, abro o baú, aquele jogado no sótão, me entrego em teus mistérios. Brinco com seus jogos meigos de cinco anos, me enrolo no lençol azul com balões coloridos, brinco com o apito, a peteca, pião..

Vivo cinco horas por dia, diante daquele baú sou mais mãe, mais eu, sem me importar com aqueles vermes conversando na sala de estar, destacando a crise financeira, revendo maneiras de me trancafiar, de me envolver naquele cadeado antigo do vovô.

O pássaro cinza decola mais uma vez, sente o vento em suas penas, plana, sente o gosto da liberdade, seus olhos mansos cultuam todo o vale escondido atrás dos montes, em um lugar aonde o homem inda não chegou pra destruir. E eu tenho a verdadeira guerra dentro de mim, conflitos e batalhas.

O baú ainda é meu velho e único companheiro, perto dele sou a estrela do palco, uma criança brincando, quando estou revirando-o sinto que meu pequenino ainda está em meus braços e é neste momento que sinto que posso voar, de alguma forma está fora da verdadeira realidade.

Agarrei-me ao baú, como se nele estivesse o mundo guardado, só meu, eles me puxavam, me tiravam a força daquele quarto, senti-me com a asa quebrada, sei que me levam novamente para a gaiola.


Contos que conto...Um Desconhecido Parte II

- Tenente, olhe isto aqui meu amigo, o camarada era um louco mesmo.

- Olha, olha. Ele colecionava belas fotografias.

- Não meu amigo Pedro, são as vítimas...

Enquanto os detetives averiguavam o conteúdo da cena, os policiais lacravam a quarto, removiam o corpo daquela jovem que estava na cama. Amordaçada, ensanguentada, despida.

- Não! Não! Minha amiga, não!

Bety entra eufórica no quarto do rapaz, o estranho amigo de seu namorado.

- Foi ele, foi ele, o amigo do Toni, eles saíram juntos da festa ontem, acho que ela estava apaixonada.

- E onde está este rapaz? O perito perguntava curioso a jovem que ainda lamentava a morte da amiga.

- Não sei Sr.Policial, ai meu Deus...Não sei!

Bety não se conformava com o que tinha ocorrido, estava aos prantos, abatida com aquela loucura toda em sua volta.

Toni chega e conforta a namorada... Conversam com os detetives e saem um tempo depois daquele maldito quarto e seguem para a delegacia, prontos para um depoimento.

- Esta jovem mora no prédio 22 desta esquina Sr., segundo moradores, ela morava sozinha, não tinha namorado e trabalhava na Street Center, uma boa moça.

- Pedro, ela se encaixava bem ao perfil que o psicopata queria, jovens solitárias, este é o nosso homem, já fazia muito tempo que ele não aparecia, dois anos atrás foi quando quase o pegamos.

- Então Capitão, o que faremos agora?

- Vamos atrás dele, por onde começamos? O que sabemos dele?

- Pedro, ele é linha dura, atua com disfarces e mentiras, chega como não quer nada, já estamos no calço dele.

Seis meses depois...

- Olhe agora Amanda, o bonitão chegou bem acompanhado de novo.

- Suzy... O rapaz tem namorada, para de bisbilhotar da janela.

- O que lhe atrai nele amiga?

- Ele ser um desconhecido.



FIM





Imagem Google

Por Francis Gary Powers, famoso piloto da USAF, derrubado na Rússia em 1960

Ser Piloto

Existem dois tipos de pilotos, aqueles que levam em seu sangue a necessidade de voar, pelas mesmas razões que precisam dormir, comer ou respirar, e aqueles que o fazem apenas pela tarefa, por obrigação ou por não ter outra alternativa. Esses últimos normalmente chegam à profissão por acaso ou outra forma não planejada. Os primeiros freqüentemente tem a inquietude desde pequenos, quando viam nos aviões algo notável, místico, sublime, talvez muitos destes começaram desde pequenos a construir modelos de aeroplanos, ou acumulando fotos e pôsteres ou qualquer outra coleção com motivos aéreos. Conheciam as especificações e dados de qualquer avião com riqueza de detalhes. Quando crescem e têm a sorte de realizar seu sonho de criança, desfrutam plenamente do seu trabalho e sentem-se os homens mais sortudos do planeta. Os pilotos são uma classe à parte de humanos, eles abandonam todo o mundano para purificar seu espírito no céu, e somente voltam à terra depois de receber a comunicação do infinito. Esse grupo conhece a diferença entre voar para sobreviver e sobreviver para voar. A Aviação os ensina orgulho como também humildade e apesar de que voar é uma magia, eles caem voluntariamente vítimas de seu feitiço. Quando estão na terra, durante dias ensolarados, observam continuamente o firmamento com saudades de estar ali, durante dias chuvosos e nublados revêem os procedimentos de voo em suas mentes. O piloto sabe que o melhor simulador de voo esta em si mesmo, em sua imaginação, em sua atitude, porque a mente do piloto esta sempre acessível a elementos novos e compreende que para voar é preciso acreditar no desconhecido. No mais, os pilotos são homens lógicos, calmos e disciplinados, que pela necessidade precisam pensar claramente, de outra maneira se arriscam a perder violentamente a vida ao sentar-se na cabine. O verdadeiro piloto não amarra seu corpo ao avião, pelo contrário, através do arnês ele amarra o avião em suas costas, em todo seu corpo. Os comandos da aeronave passam a ser uma extensão de sua personalidade, essa simples ação une o homem ao aparelho na simetria de uma só entidade, numa mistura única e indecifrável, cada vibração, cada som, cada cheiro tem sentido e o piloto os interpreta apropriadamente. Não há duvida de que o motor é o coração do avião, mais o piloto é a alma que o governa. Os pilotos não vêem seus objetos de afeição como máquinas, ao contrário, são formas vivas que respiram e possuem diferentes personalidades, em alguns momentos falam e até riem com eles. Esses seduzidos mortais percebem os aviões com uma beleza incondicional, porque nada estimula mais os sentidos de um Aviador que a forma esquisita de uma aeronave, não podem evitar, estão infectados pelo feitiço, e viverão o resto de suas vidas contemplados pela magia de sua beleza. Para o piloto perceber um avião é como encontrar um familiar perdido, uma e outra vez. Quando o destino trágico mostra sua inexorável presença e vidas se perdem em acidentes a essência do piloto se entristece pelo acontecido, mais não poderá evitar, talvez por infinitesimal segundo, que a sombra de seu pensamento volte aos aparelhos, e um golpe de afeição pelo amigo caído seja inevitável. Para o Aviador o som dos pistões é uma bela sinfonia, o som de um jato a síntese da força. Aviões perigosos não existem, somente não são pilotados adequadamente, para eles os aeroportos são altares ao talento humano. Ali se realizam diariamente os desafios e os milagres frente às energias da natureza e a força da gravidade. São lugares sagrados, onde o ritual de voar se exalta e se glorifica, de onde caminhos e fronteiras se encontram e o mundo fica pequeno, nos que se chora de alegria e também de tristeza, onde nascem esperanças e sucumbem ideais, onde o som do silêncio habitam as lembranças. No ar o piloto esta em seu elemento, em sua casa, ao que pertence, é ali que ele se liberta da escravidão que o sujeitam na terra. É um dom de Deus que ele aceita com respeito e alegria. Este privilégio lhe permite escalar as prodigiosas montanhas do espaço, e alcançar dimensões no firmamento que outros mortais não alcançarão. Este presente permite apreciar a perfeição do criador e o absurdamente pequeno humano. Permite-lhe igualmente reconhecer que ninguém há visto a montanha dali, como sua sombra do céu. Distinguir uma pessoa que deu sua alma à Aviação é fácil, em meio à multidão quando um avião passa seu olhar volta-se imediatamente ao firmamento buscando-o e não descansará até que o veja. Não importa quantas vezes haja visto o mesmo avião, é preciso vê-lo novamente, é algo inconsciente e espontâneo. Os pilotos talvez possam explorar os elementos físicos do voo, mas descrever o que ocasiona sua existência é impossível porque explicar a magia de voar esta além das palavras.

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