Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

2011 será igual a 2010, 2009, 2008,2007...




Lamento informar mas 2011 será igual a 2007.
Haverá enchentes, secas, acidentes, atentados.
Haverá Oscar, Prêmio Nobel, Fórmula 1, Brasileirão.
Tem gente que vai nascer e tem gente que vai morrer.
Tem gente que vai casar e tem gente que vai separar.
Tem gente que vai perder o emprego e tem gente que vai começar um trabalho novo.

Tem gente que vai sarar de doenças e tem gente que vai ter problemas de saúde.
Haverá uma loira em sua vida (Ôpa! Ora se vai).
Você terá uma oportunidade de viagem.
Você terá uma notícia inesperada.
Haverá novas eleições, mas os políticos serão os mesmos.
Haverá guerra e paz, frio e calor, caos e ordem, yin e yang, como sempre foi e sempre será. A boa notícia é que, mesmo que o mundo não mude, VOCÊ pode mudar.
Só você pode mudar e passar por todas essas coisas que fazem parte da vida com mais sabedoria e dignidade.
Não desejo a você um ano novo com tudo de bom, porque isso é irreal.
Desejo que você tenha CORAGEM (= coração que age) para fazer mais por você mesmo e criar um VOCÊ NOVO.
Faça-se novo

Meu Aniversário este ano - O Convite

Como você sabe, está chegando novamente a data do meu aniversário. Todos os anos fazem festa em minha honra e creio que este ano acontecerá a mesma coisa. Nesses dias as pessoas fazem muitas compras. O rádio, a TV fazem centenas de anúncios. Por todo o canto não se fala em outra coisa a não ser nos preparativos para o grande dia. É bom saber que ao menos um dia por ano algumas pessoas pensam um pouco em mim.

Como você sabe, há muitos anos começaram a festejar meu aniversário. No começo pareciam compreender e agradecer o que fiz por eles, mas hoje em dia, ninguém sabe por que razão o celebram. As pessoas se reúnem e se divertem muito, mas não sabem do que se trata...Estou me lembrando do ano passado: ao chegar o dia do meu aniversário, fizeram uma grande festa em minha honra. Havia coisas deliciosas na mesa, tudo muito decorado e havia muitos presentes...Mas sabe de uma coisa? Não me convidaram! Eu era o convidado de honra e ninguém se lembrou de me convidar. A festa era para mim e quando chegou o grande dia, fecharam a porta na minha cara. Bem, eu queria partilhar a mesa com eles.

A verdade não me surpreendeu porque, nos últimos anos, muitos me fecharam a porta. Como não me convidaram, ocorreu-me entrar sem fazer ruído. Entrei e fiquei num cantinho. Estavam todos brincando, alguns já estavam embriagados, contando piadas, rindo, divertindo-se. Aí chegou um velho gordo, vestido de vermelho, com barba branca e gritando: Ho!Ho!Ho!. Parecia ter bebido demais...Deixou cair pesadamente numa cadeira e todos correram para ele dizendo: Papai Noel! Papai Noel! Como se a festa fosse para ele.

Quando chegou meia-noite, todos começaram a abraçar-se. Eu estendi meus braços esperando que alguém me abraçasse...Quer saber? Ninguém me abraçou. De repente, todos começaram a entregar presente. Um a um, os pacotes foram sendo abertos. Cheguei perto pra ver se, por acaso, havia algum pra mim -Nada! O que você sentiria se no seu aniversário todos se presenteassem e não dessem nenhum presente para você? Compreendi então, que estava sobrando na festa...Saí sem fazer barulho, fechei a porta, fui embora...

Cada ano que passa é pior: as pessoas só se lembram da ceia, dos presentes, das festas...De mim ninguém se lembra. Gostaria que, neste natal, você me permitisse entrar na sua vida, reconhecendo que há mais de dois mil anos vim ao mundo para dar minha vida na cruz e, assim, poder salvar você. Hoje só quero que acredites nisso com todo o coração. Vou dizer-lhe uma coisa, já que muitos não me convidaram para a festa que fazem, vou fazer a minha própria festa, uma festa grandiosa como ninguém jamais fez. Estou nos últimos preparativos e expedindo os convites. Este é especial para você. Só quero que você me diga se quer vir. Reservei um lugar para você e incluirei seu nome na lista que confirmaram. Os que não aceitarem, ficarão de fora.

Prepare-se porque quando tudo estiver pronto, quando menos se esperar, darei minha grande festa. Não esqueça de enviar este convite aos seus amigos, aqueles especiais, assim como você é para mim. Afinal, “muitos serão convidados, mas poucos serão os escolhidos”, sabe por quê?

Poucos aceitarão o convite.

Poesia por Sulla Mino...Arte

Aflito-me em teu corpo sem quê,

nem por quê,

sinto teu gosto, sonhando talvez,

como calafrios e vultos de prazer...

Deito-me em teu pensamento,

talvez com medo de acordar só

estando bem acompanhada...

Não pode ser sonho,

quando pinto teu rosto na minha tela

ou quando molho meus lábios em teu suor...

Estou amando ou brincando de arte!

Meu ego louco,

pintar um quadro que nunca vai

para a parede,

um amor que nunca sai da cama,

uma frase que nunca sai da boca,

tento enganar a noite,

agora já dia,

volto e cochilo.

Mary e Max




















Mary e Max é um filme Americano/Australiano, longa-metragem escrito e dirigido por Adam Elliot, escritor e diretor de animação baseado em Melbourne , na Austrália. Seus filmes participaram coletivamente em mais de seiscentos festivais e receberam mais de cem prêmios, inclusive um Oscar para Harvie Krumpet . Em junho de 2009, o filme Mary e Max venceu o Cristal do Annecy International Animated Film Festival. Em 2010, o Centro Australiano para a Imagem em Movimento exibe uma exposição de arte do filme. O longa acontece 1976 e conta a história da amizade, que dura há 22 anos entre Maria, de 8 anos, solitária, que mora em Mount Waverley, um subúrbio de Melbourne, na Austrália, e Max, de 44 anos de idade, um obeso, judeu ateu com síndrome de Asperger , que vive em Nova York. O filme aborda vários temas sombrios incluindo negligência, suicídio, depressão e ansiedade. Desenvolvido com a técnica do stop-motion e finalizado com a ajuda da computação gráfica, o filme é baseado em fatos reais, sobre a amizade entre uma menina e um novaiorquino. Ela é gordinha, desajeitada, muito curiosa; sua mãe é uma alcoólatra depressiva e seu pai trabalha numa fábrica. Max é um senhor que sofre da Síndrome de Asperger, recluso em sua casa, seus pensamentos lógicos e seu vício em cachorro quente de chocolate. É possível pensar que se trata de uma animação de história engraçada, mas o que se vê é um drama cômico, e impressiona pela densidade e rumos inesperados que a história sofre. Mary “vê” tudo em tons marrons, enquanto que Max “vê” tudo em preto-e-branco. O que acontece quando as duas visões de mundo se encontram é profundo e bonito. Os personagens encantam e emocionam do começo ao fim, assim como a bela trilha sonora instrumental. Uma overdose muito bem vinda de originalidade, uma frase, dita pelo médico de Max, Dr Hazelhof, resume o filme: “a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro”, como diz a extensa crítica de Fred Burle, com todas as suas essenciais e magníficas palavras. Pensei em muitas fases da minha própria vida, aqueles instantes, muitas vezes longos, em que não temos amigos e somos rejeitados? Pois é, o filme nos leva a fantasiar, questionar nossas dúvidas, maneiras de agir e até de pensar. Chorei, as cenas nos levam à tantas lembranças, esperanças, a gente passa a perceber como magoamos as pessoas em nossa volta, somos mesquinhos. O amor, só ele é capaz de mudanças em nossas vidas, de transformar o amargo em doce, valorizar uma amizade, mesmo que à distância. Todos nós temos conflitos, dos mais diversos possíveis e a melhor maneira de viver, é vivê-los. O filme vale a pena e finalizo com a expressão de Fernando Pessoa “O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela”.


Mitologia por Sol Firmino...O cavalo alado Pégaso


O famoso cavalo nasceu, segundo a mitologia grega, do sangue daMedusa, após esta ser decapitada por Perseu. Pégaso é apresentado como oriundo do pescoço da Górgona, junto com o gigante Crisaor, ambos gerados na união com Poseidon, mas também aparece como gerado pela Terra fecundada com o sangue da Medusa.

Medusa teria sido uma bela mulher, mas ousou se comparar em beleza com a deusa Atena, que, irritada com a pretensão, transformou os cabelos da jovem em serpentes e deu aos seus olhos o poder de transformar quem a visse em pedra. Uma variante do mito diz que Poseidon teria violado Medusa dentro de um templo de Atena, por isso a deusa a teria punido.

(...)

Solange Firmino

Leia o texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.


Imagem: Belerofonte e Pégaso.

Contos que conto...Leandra


Leandra acorda no hospital. Depois de ter sofrido em casa com sua família, de ser considerada louca varrida, se jogou nas águas turbulentas da praia, a praia que ela mais gostava no Rio de Janeiro.

- não se preocupe mocinha, agora está fora de perigo, dizia o doutor. Leandra não quer estar na maca fétida e fria de um hospital, quer voltar ao mar, ao lado turvo e sombrio, no fundo daquela água cheia de vida.

O soro adentrando em sua veia, mesmo assim não fará desistir de voltar ao reino submarino, voltar para um tempo que se passa diferente deste aqui. No seu pensamento o momento do beijo e do sim, do palácio planejado e arrumado para a cerimônia religiosa do príncipe encantado. Alguns dias depois, em sua plena recuperação, Leandra volta para casa e o interrogatório do seu ato cruel começa e para ela foi a gota d’água ou o momento ideal para novamente se atirar, se jogar na água salgada e voltar aos braços de seu príncipe do mar.

Dias e noites seus passos eram de um lado para o outro do quarto, maquinando como sairia de casa, daquela prisão domiciliar. Não agüentava mais sermões estúpidos vindos da boca do pai ou teorias inúteis da Dra. Sandra, a tal psicóloga recomendada pela vizinha do apartamento três, uma bêbada e divorciada. Leandra maquina sua fuga à praia, se loucura ou estupidez, foi o que fez com sucesso.

A areia estava fria com o cair da noite, as ondas vinham e pareciam beijar os seus pés. Seus olhos se fecham decidindo obrigar seu pensamento a imagem de Karo, o príncipe. Atirou-se e nadou, nadou... No reino encantado na profundeza de sua praia, Leandra já estava no “sim” quando lhe fora perguntado se o aceitava Karo como marido. Dançaram a valsa, aproveitaram a festa e depois saíram no cavalo marinho, presente de casamento. E num piscar de seus olhos, não estava mais no encanto da súbita fantasia criada em um instante em que fora deixada só.

- Você ficará bem não se preocupe. Dizia um senhor de barba branca com um fichário na mão. Estou novamente aqui, no mesmo quarto frio que me envolve toda vez que tento ao menos um pouco viver, era o pensamento de Leandra num olhar frenético para aquele médico, este que certificava suas amarras e sedava seu corpo da dor.

O semblante da jovem ficava melhor com aqueles sedativos, ela não teria nenhuma crise por um tempo. Então, ela olhava calmamente para aquele quadro na parede do quarto e sorria como uma criança que acabara de receber um doce.

O quadro é antigo de uma praia do Rio de Janeiro, retratando suas ondas, um ser cujo corpo era de homem até a cintura, e de peixe daí para baixo, que atraía jovens para o fundo do mar onde morriam.

Leandra adormecia olhando para ele.

Espantalhos do tempo

Sairemos destes pastos e
caminharemos por aí errantes,
corajosos de medo.
Ficaremos como vultos na neblina,
aquietaremos nossas bocas e
abafaremos as marcas deixadas pelos
nossos pés,
estes que não correm e não existem.
Vagaremos pela redondeza como vampiros,
como sombras da morte,
feito escudeiros do pavor,
cobertos com véu do desespero.
A vertigem não retardará,
nem a selva mórbida e crua
nem o vento do Norte,
nem o movediço chão,
nem este pânico e este fel
dos nossos corpos de palhas.
Os pastos vazios não têm serventia alguma.

(Museu)Memorial da Epopéia em Porto Seguro-Réplica Nau do Descobrimento, utulizado por Cabral no Descobrimento do Brasil em 1500...






Por Mário Rezende...QUE SABOR TEM O AMOR?


Às vezes o amor é remédio de sabor amargo,
às vezes é doce veneno.
Ora é remédio com gosto de mel,
ora é veneno com gosto de fel.

Às vezes o amor é remédio de sabor amargo,
às vezes é doce veneno.
Ora é remédio com gosto de mel,
ora é veneno com gosto de fel.


Bar Vesúvio, na cidade de Ilhéus - Bahia, foi imortalizado na obra "Gabriela, Cravo e Canela", do escritor ilheense Jorge Amado.





























Contos que conto...A Cerimônia na mansão Feast


Designer by Neto Silva (Mossoró-RN)
Voz by Sulla Mino
Conto por Sulla Mino


Keila é uma jovem corretora, ambiciosa e com seu talento consegue sempre vender lindas casas e belos apartamentos.

Keila estava em seu carro, já na estrada, indo à mansão Feast, apresentar esta bela residência ao Sr. Kevin, um homem bem sucedido, com uma aparência um tanto suspeita, este desejava sair do centro da cidade para uma moradia mais tranqüila, apesar do trajeto ser mais longo até o centro, Sr. Kevin estava disposto a fazê-lo todos os dias e que precisava de um lindo jardim, para uma festa anual de sua família...

Mitologia por Sol Firmino...Midas, rei da Frígia









Anos atrás, arqueólogos da Universidade da Pensilvânia encontraram na Turquia o túmulo de um rei com muitos objetos, pratos e restos de alimentos que pareciam fazer parte de um banquete fúnebre. O túmulo foi atribuído ao rei Midas, o mais conhecido governante que teria vivido da Frígia, como era denominada a região da Turquia na Antiguidade. Tempos depois, arqueólogos da Universidade de Cornell realizaram testes e dataram esses objetos.

O lendário rei Midas consta em vários mitos, alguns deles envolvendo os deuses do Olimpo. Um deles conta que Sileno, que fazia parte do cortejo de Dioniso, deus do vinho, exagerou na bebida e se perdeu dos companheiros. O sátiro adormeceu em um jardim e foi encontrado por camponeses que o levaram ao rei Midas. Depois de saber que ele era amigo de Dioniso, Midas o acolheu e tratou muito bem.


Leia o texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Poesia por sulla Mino ...Sangue...


O sangue escorre,

não escolho o choro.


Sinto-me marcada e

não durmo.


O sangue ainda é fresco,

meu fluxo.


Não aceito o não, o pouco.

O tempo se foi...


Pisoteado, atrasado,

fecho meus olhos.


O sangue em mim já não presta,

agora sou apenas um corpo a deriva.


Por Sulla Mino...Nora ...

Pra você que acha que só as sogras assustam, um enorme engano, fui procurar saber mais sobre nora, esta palavra tão assustadora a qualquer mãe. Descobri que nora não é simplesmente aquela menina que conheci lá no Rio de Janeiro, a Brenda, uma nora de pessoa. Nora, de uma relação que une parentesco por vínculo social. No latim diz que Nora tem vibração fascinante e diversificada, possui as qualidades de manifestação e auto-expressão. O que significa a necessidade de comunicar e se submerge na pura alegria de viver. Graças a sua exuberante resposta ante a vida, irradia alegria e entusiasmo. É extrovertida cujo magnetismo pessoal arrasta aos demais e lhes impulsiona a expandir-se e desenvolver-se, o executante que possui uma apreciação inata do prazer, o romantismo, a arte e a beleza. Sua imaginação criativa permite que todas as coisas sejam possíveis, já sogra não tem estes significados todos, sogra é sogra e ponto. Se fizermos uma pesquisa descobriremos que temos também o Nora, o aparelho para tirar água de poços ou cisternas, que é constituído por uma roda com pequenos reservatórios ou alcatruzes. Estas que tradicionalmente são engenhos de tracção animal. Estes engenhos vieram em muitos casos substituir a picota ou cegonha anteriormente utilizados como engenhos principais para tirar água na Península Ibérica onde se pensa que tenham sido introduzidos pelos árabes. Magnífico descobrir sobre o asteróide 783, que é um asteróide da cintura principal, zona do espaço entre Marte e Júpiter onde se localiza um grande número de asteroides e o planeta anão Ceres, que é o maior corpo celeste do cinturão, com um diâmetro de 40,02 quilômetros, a 1,806709 UA. e possui uma excentricidade de 0,2287734 e um período orbital de 1 309,63 dias (3,59 anos, que tem uma velocidade orbital média de 19,45985698 km/s e uma inclinação de 9,32564º. Este asteróide foi descoberto em 18 de Março de 1914 por Johann Palisa) e que se chama Nora. Descobri sobre o Nora, rio asturiano na Espanha, afluente do rio Nalón. Nasce em Loma de Sariego e passa pelos concelhos de Siero, Noreña e Oviedo. Une-se com o Nalón no povoado de Priañes, onde se situa um dique de aproveitamento hidroeléctrico, ponto que delimita a fronteira entre o Nora e o Nalón. Descobri ainda a substância que pertence ao grupo dos azóis, ou seja, é um fármaco antimicótico ou antifúngico que pode ser utilizado por via oral ou topicamente (cremes e xampus). Tem ação antimicótica sobre fungos e possui nomes diversos comerciais em vários países, no Brasil um de seus nomes é o Cetoconazol. Também sei pouco, mas existem as atrizes com nome Nora, as mexicanas principalmente. Cantoras “Nora”? Tem bastante. E nem quero comentar sobre as localidades nos Estados Unidos e Suécia, que não são poucas. Ciclones, furações, tufões e tempestades também são “Noras”, meu Deus! No dicionário também tem nora, “mulher do filho”. Todos acham que sogra assusta um pouco, na verdade elas assustam e muito, mas ao contrário também, ter uma nora, alguém que está cuidando do seu filho no seu lugar, é de causar inveja, ciúme, um tremendo frisson. Mas, tudo pode ou não passar depressa, certamente não esquecerei o rostinho lindo da Brenda, guardarei teus traços e o sorriso farto. Não esquecerei minha alcunha, ser uma sogra. Lá no “fundo”, no lado sogra de ser, posso dizer que não é tão ruim assim de se ter uma “rival”, uma nora querida, agora entendo porque as sogras fazem das benditas namoradas dos filhos de filhas também, manter o “inimigo” por perto, faz parte do plano. Busquei saber sobre significados de nomes e o da minha nora significa espada, melhor eu me preparar também, será constante e infinita a “batalha” em busca do amor, do filho.

Por Sulla Mino ...Mortos me levam (INÉDITA)

Os mortos dentro de mim se calam,

num silêncio ensurdecedor.

As velas no quarto se apagam,

e os vultos absolutos me empurram a

completar minha existência plena.

Antigos nomes me vêm a mente,

como um lampejo,

me apego às coisas vãs,

como uma caneta preferida de um artista.

Eles me elaboram, eles, os mortos, me moldam,

me despedaço nos argumentos de outrora,

feito cachimbo mal tragado.

Me afogo nas dúvidas medrosas,

feito lâmina cortante na mão de uma criança,

uma eternidade curta e sem prazo algum me consome.

Meu mortuário está pronto, os mortos

irão me levar, a corda do meu pescoço está pronta,

a lua some do céu e o mar se agita.

Sou deles agora, o quarto já não é mais meu,

nem minha voz, nem meu destino...

Meu corpo jaz em algum lugar do escuro.

Cordel por Aninha viola ...Janela



Poesia por Sulla Mino...Náufragos

Estamos sem respostas
neste tempo que aqui não passa,
no submundo dos avessos,
no vazio velho e perdido.
O horizonte tão distante de nós,
não vemos velas ou iates,
temos o sol escaldante da manhã e
só podemos sentir no rosto o frio da noite,
esta vista fora da varanda.
Quanto tempo ainda nos resta?
Somente som de ondas, sem palavras, sem rimas.
Acendemos a fogueira a lembrar luzes de Las Vegas,
brindamos com água de coco,
sentindo o gosto de Black Label,
fitamos estrelas, mesmo com o rosto sujo de
lágrimas e ao amanhecer a diversão é
desenhar na areia SOS.
Somos náufragos de um
momento que não volta mais,
de um instante que se perdeu no meio do nada,
nada nos bolsos e paletós,
lembranças nas mentes e
muita vontade de voltar para casa.
O sabor salgado não sai da boca,
a pele já muito bronzeada,
os cabelos já estão grisalhos,
quanto tempo estamos assim?
Não sabemos se o mundo lá fora
é melhor agora,
no vai e vem de automóveis,
ruídos de máquinas modernas,
fome, guerra, traições e doenças.
Somos náufragos de tolices,
o melhor é ficarmos ilhados...
Sem modernidades?
O problema é não poder voltar,
agora nada, nada, nadar.

"Peleja de Estudante" ...Alunos do 4º ano do Colégio Passos Firmes em Campina Grande-PB. Meu filho Johnny participou da Rima!


Rogério Nascente em ... Eu bem sei...

Não queira dizer o que fazer
A quem nunca soube bem o que dizer.
Nem diga que é fraqueza agir assim
Sempre pensei mais em você do que em mim.

Não queira ensinar o rumo certo
A quem já peregrinou pelo deserto.
Nem diga sem querer o que insinua
Quando o bem dissimular foi coisa sua.

Não queira ensinar sobre coragem
A quem sempre agiu com vil voragem.
Nem diga que era medo o que eu sentia
Se lhe proteger era tudo que eu queria.


Não queira dizer sobre o que é amor
A quem sempre amou, sangrou, sem dor.
Nem diga que era demasiado o meu querer
Se o que expandia em mim era a ânsia de lhe ter.

Não queira convencer sobre o que é verdade
A quem já se perdeu só, na saudade.
Nem diga que me quer e que me chama
Não acredito, eu bem sei que você não me ama...



http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=13718

Mário Rezende em ... ABSTRATO

A gente precisa de carinho

para adoçar um pouquinho a vida.

Necessita saber que tem alguém

que pensa na gente com amor.

Às vezes, distante parece tão perto,

obra da inexplicável natureza,

que pode, às vezes, parecer tão injusta

por nos fazer ficar no limite

entre o instinto, instigante, intrigante, atraente

e a razão insossa, insípida, deprimente;

que só no descuido permite acontecerem os desejos

que ficam vagando pelos pensamentos

e se realizam nos sonhos.

A gente sente, às vezes, necessidade

de sentir o gosto, o cheiro;

vontade de sentir o calor do roçar pele com pele

de olhar através da janela dos olhos

e ouvir os sussurros de amor

sob um cobertor de estrelas

e procurar encontrar sentido

nessa trama , nesse drama,

apesar do prazer que dá saber

que é a outra parte de alguém

e se deixar levar pelo poder ilimitado

que a imaginação permite realizar.

o parceiro presente, às vezes, é só estímulo tátil

para impulsionar a excitação

e o aumento da tensão,

que nasce e morre dentro de cada um,

porque o clímax do prazer,

é individual, único,

solitário.


http://mariorezendemeusescritos.blogspot.com

Palavras de Clarice são sempre veneno em minha veia ou mel em minha boca...Até quando?...Até quando eu quiser.



"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? Eu adoro voar! Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre"

Clarice Lispector



Poesia por Sulla Mino...* * * ...Quanta dor!


Quanta dor!

Uma dor por dentro quando brigo com o tempo,

com a morte.

Fuzilo-me,

com uma minúscula esperança

de não mais poder voltar.

A dor é real,

o grito é normal.

Escapo da estação do frio,

do claro que aponta na montanha.

Costuro a boca,

fecho os olhos cerros,

não quero enxergar esta farsa,

este ritual medíocre.

Quanta dor!

Não é fácil não estar no paraíso,

não é fácil morrer.

Sou índia, fui cuspida pelo trovão!

Que mal tem se apaixonar?


Crônica por Sulla Mino ... Anjo


Ele está agora preso em outra dimensão, talvez em alguma dimensão colorida, preto e branco, pode ser até num tom de cinza, não sei, o que sei é que ele se foi, sem se despedir, sem palavras, sem olhar para trás.

Ele era meu amigo, meu grande amigo e sinto sua falta agora, falta da festa que fazia quando eu chegava do trabalho. Anjo era seu nome, de significado religioso, cheio de energia, sempre pronto a se lançar em alguma aventura e realmente ele era assim.

Não posso ficar tanto tempo assim me lamentando, choramingando pelos cantos da casa, Anjo já não está aqui para me confortar, me beijar lindamente como fazia. Meu corpo caminha para o trabalho todas as manhãs ainda como um cadáver vivo, vivo meus dias como zumbi perdido na grande cidade.

Ouço tambores, simples ruídos na minha madrugada estúpida e parece que meu coração vai saltar do peito e correr à lua. Disfarço o sorrido diante dos familiares, fico fora de mim e fingir tem sido minha melhor mania. Ameaço-me vagar por aí, sem pele e imperfeita, pelo menos dar uma volta no quarteirão, já aliviaria minha dor aguda. Eu seria capaz de esquecer meu próprio amante e me atirar numa saudade desmedida?

Mais um dia em frente ao espelho, tento ver minhas marcas sofridas e não consigo, Anjo me atormenta, de alguma maneira ele não quer me deixar. Apago a luz do quarto para fazer alguma diferença e a mesma coisa vejo, coisa alguma. O meu suor ainda é o sinal da saudade, escondo o drink para não almejar minha fraqueza infantil.

O abismo no final da cidade me pertence, penso nele instantes em instante, Anjo me aguarda no fundo dele. Meus momentos tinham sabor ao lado dele, o meu rebolado nos passeios pelas calçadas eram bonitos, também quero partir.

Dentro de mim, o difícil acesso em aceitar a partida, em deixar as coisas tomarem seu rumo, o percurso da vida, esse difícil degrau que me desequilibra. Penso nele todo instante e sei que com o passar do tempo vou conseguir me desprender, hoje ele é só um anjo que aprece pra mim, nos meus momentos de solidão, ele sempre será meu querubim e talvez um dia eu compreenda esta força extraordinária entre animal e ser humano.

E os doces momentos de diversão que tivemos serão bem guardados e a fotografia instantânea será muito bem lembrada. Não preciso ir, posso ficar e viver de memórias.



Foges de mim


Foges de mim,

do meu olhar febrento

a aparência de ódio em vão...

Que importa!

Afogo-me em novo pensamento,

para uma nova vida,

pra te esquecer

e próximo ficas tu,

eu já te quis deste modo,

deste jeito,

em meio à solidão que eu tinha

és muito.

Tenho-te preso em meu corpo,

sei que tiras minha morte oca

e vive-me devagar...


Por Sulla Mino...Sentimentos


A vida freia o que sinto

impondo castigos severos

em meus sentimentos perfectíveis,

eles ficam em uma estrada velha e escura,

vultuosos atravessando de

um lado para o outro

atropelando meus sonhos,

quimeras...

Queria somente um pouco de sossego,

ser atirada em um silêncio,

na morte que me aguarda

do outro lado da rua.

Estou envelhecendo,

musicando em minhas cicatrizes,

insatisfeita no meu medo intimamente.

No meu verdor, meu pecado eu criei!

Meu grande empecilho.

Por Mário Rezende...BOLHAS DE SABÃO











Muitas bolhas de sabão

eu soprei na sua direção:

uma cheia de carinho

atingiu os seus cabelos

como se fosse a minha mão.

Outra era um sorriso

carregado de alegria

para animar o seu dia.

Uma bem sugestiva

armada de sedução,

isca do meu desejo,

para chamar a sua atenção.

Outra nos seus lábios,

um beijinho bem roubado.

Desfilaram junto ao seu rosto,

meus olhos refletidos nos seus,

a esperança e suspiros,

galanteios, muitos sorrisos,

beijos, beijos, beijos doces,

coloridos e de todos os tipos,

esperando acontecer.

Mas aquela especial,

carregada de amor,

estourou em seu peito,

bem pertinho do coração.

Reflexão ...




















"O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto"


"Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?"




Fernando Pessoa

I Concurso Literário Prêmio tataguassu de Poesia 2010... Poesia Borrada ...14º colocada!






















Poesia Borrada

As palavras desenham
a escrita da minha alma,
minha velhice,
meus velhos rascunhos.

As letras tortas no papel
decoram o palavreado,
o vício erradeiro.

Já(z) versos modernos!

Não moram no tinteiro
o melhor português.
Na ponta da caneta
a imaginação se cria e
a memória da poesia sonhada
borra no papel marrom.





Prest
Por onde passo contagio,
na certeza de um novo dia,
como uma máquina forte trabalhando...
Restando em meu peito estradas,
aquelas não terminadas ainda,
esperando mais um dia somente...

Esta sou, marchando como um soldado,
sondando em feitio de perfume,
transformando histórias,
que um dia o povo vai contar...

Sou a razão em viver, bebendo felicidade,
um sonho, uma raça percorrendo o mundo,
constante como uma surpresa...

Torço por qualquer pequeno espaço,
fazendo parte no final do arco-íris,
achar o ouro conhecido e almejado,
sou somente cabra*, apenas Prest*.








O Sopro no Corpo

Tento aprumar o corpo
no sopro forte da noite que chega.
O avesso das palavras
me põe à frente deste momento sólido,
tento equilibrar-me,
embriagada de desespero,
não consigo...
O sopro leva o corpo para
o tornado,
já não é real e
giro, aos avessos,
de qualquer jeito,
indo em direção ao penhasco...


Flor sem amor
Não mais amo,
dizia uma Rosa,
com um sentimento dentro de si
chamado dor.
Não mais quer chorar,
muito menos se ferir com lembranças,
com fotografias que foram tiradas e
estão na parede da sala.
Sem mãos para aparar
lágrimas de um rosto que não sente,
nem lábios para recordar os beijos.
As pétalas estão se soltando,
morrendo aos poucos em instantes
em que tenta viver.
Não mais ama, por quê?
O Cravo fora arrancado do
seu lado,
agora simplesmente só uma flor
no jardim da saudade restou.



São Paulo - Brasil

Fronteira do tempo

Estamos na fronteira do tempo, em cima do muro rachado, no momento incerto, escondidos atrás de pedras, protegidos somente com os sacos de areia.
Escondemos nossas cabeças do tempo corriqueiro, vendo paisagens de flores secas e ouvindo os sussurros no ouvido de tiros agudos.
Preguiçosos, com olhos mal dormidos e a bússola quebrada no bolso.
Estamos no deserto, no meio do nada com bicicletas enferrujadas, ignorantes do mau tempo...
Cada homem com seu traje de festa, tristemente bailando no fino sabor de lutar.
Estamos na batalha sangrenta do viver, combatentes de lembranças, vingadores do esquecimento.
Estamos fazendo parte do aquecimento global.
Limpamos nossas armas pela manhã, se houvesse uma única árvore apenas, daria para sentar próximo ao seu caule e refletir sobre as coisas da vida, não somos vigilantes a este ponto.
Cada dia uma cruz se ergue no alto do morro e os que restam fardados ainda, vencidos do tempo se juntam à fronteira, na sombra dos desesperados, aos agudos sons, no rosto o silêncio da lágrima, no corpo o choro, sombra de um passado, na trincheira da vida e da morte.
Não há ficção em lutar, não é como nos filmes “hollywoodianos”, o sangue tem cheiro forte, o suor escorre rápido no corpo, o medo grita por dentro e quando a noite cai, a vontade de estar em casa aumenta, aperta a saudade em qualquer coisa.
Estamos fartos de matar inimigos famintos, de olhar o céu coberto de fumaça ao invés de estrelas, estamos cansados desta perda de tempo, deste coturno que aperta o pé.
Não queremos mais brincar de guerra!





“Mossoró pra peixe”
Comecei minha tarde de quinta-feira acreditando curtir um sol tipicamente de inverno na “terra do sal”. Meu plano era de assistir um seriado no final do dia e a noite um bom filme no meu canal predileto.
Errei como aquele erro de ficar trocando os números de jogo de Mega Sena, Mossoró estava pra peixe, eu já estava retirando do armário a vara para a pescaria. As ruas viraram verdadeiros rios, em apenas uns quarenta minutos, as águas frias tomavam conta de tudo. A bendita chuva tinha começado cair!
A chuva caía forte, trovões, trovoadas e relâmpagos eram o cenário do céu, mesmo assim, meu esposo teve de sair para pegar o menino no colégio, tive de inflar o bote e preparar o salva-vidas. Sem contar que eu fiquei no aguardo em casa, na mais repleta escuridão, chuva forte e eletricidade não combinam mesmo. Fiquei na sala, sentada no sofá como criança de castigo, olhando para o breu diante de mim, com uma simples lanterna na mão, caso precisasse ir a outro cômodo da casa, talvez ao banheiro.
Enquanto meu esposo estava ainda na rua, naquela louca tempestade de fim do dia, com o carro no pisca - alerta, na contramão, tentando passar pelas “crateras lunares” que se encontram perto de casa, em frente ao hotel mais famoso da cidade.
Meu esposo torcia por nenhum guarda de trânsito lunático segui-lo para aplicar uma multa, seria irônico mesmo, debaixo de toda aquela chuva torrencial, um guarda com salva-vidas, boiando nas águas gélidas na intenção de anotar a placa do veículo.
Enquanto meu esposo ainda tentava chegar à nossa casa, lá eu estava, escrevendo a luz de velas, aliás, com três cotocos de velas sobre a mesa da sala, eu tive de registrar minha quinta-feira estúpida, Mossoró pra peixe e cotocos de velas.
Quando eles chegaram foi um tremendo alívio pra mim. Ficamos na sala um bom pedaço, sem programa na TV, o Laptop do meu filho fazendo zoados sofisticados, a “Voz do Brasil” na rádio do celular que usávamos no “Handsfree” e no viva-voz.
Meu garoto continuou sentado próximo a mesa com seu brinquedo moderno, eu e meu esposo fazendo bichinhos com as mãos na frente das velas, fazendo refletir na parede...
A chuva cessou, a energia ainda não tinha voltado, resolvemos dar uma breve volta na rua, caminhar no shopping e como no Brasil tudo acaba em pizza...Fomos deliciar umas fatias à moda do chefe.
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