Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Por Sulla Mino...Esconderijo


















No esconderijo penso na minha vida vazia

de cores, de sorrisos, vazia de tudo.

Feito pó, ingrata,

engolida por uma ilusão.

O gosto está amargo e envelhecido na boca.

O fervor, a menina em mim se perde no dia

quente de verão,

espero a noite doce,

me guardo na sombra do próprio corpo,

aqueço a morte por um momento.

O crepúsculo pode retomar no dia seguinte,

estarei lá na minha cova e

não mais perturbarei,

não mais zombarei dos esqueletos que me rondam.

Estarei sem pele, sem músculo, sem cor.

Minh’alma estará por aí,

dançando entre cadáveres e

meu corpo estará lá,

no esconderijo.

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