Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

Por Sulla Mino ... Um corpo














Para que tantos pecados e fantasias se

não tenho seu corpo ao meu lado?

Melhor seria te inventar,

teria mais instantes,

mais que uma noite ou tarde,

um pouco de aventura,

loucura,

versos,

avessos,

poesia...

Um pouco de vinho ao invés de leite

ou água,

noite e dia.

Por Sol Firmino ...











pareço memória

se olhas novamente
sou tempo
profundo
atento
intenso
envolvo as paixões
que te alimentam
habito em
teu corpo que passa
passado
eterno
momento
adentro
no infinito
tempo


solfirmino.blogspot.com

Por Mário Rezende ... Haikai






Vem e me nina

Preciosa menina

Me nina meu bem


mariorecanto@yahoo.com.br

Por Sulla Mino ... Solitária do Amor

Estou numa prisão cantando,

recitando versos,

decorando poemas,

sonhando a tua sombra,

uma imagem de um corpo que não vejo.


Estou agarrando a minha morte sem medo...

Um pensamento perverso talvez,

vultos.


Estou sentindo sede e frio,

Ficando louca nesta solitária

que é o amor.

Por Elton Neves ... Anjo Caído


Eu te conheço desde quando tu eras pequeno, lembra das vezes que te peguei no colo?

Teu sorriso era franco como a de um anjo, lembro-me como se fosse hoje, quando te levavas no ombro, para no parque poderes brincar, ao te carregar, era o meu mundo que eu carregava comigo, tu meu menino, era o meu grande e pequeno universo.

II

Tu eras meu anjo branco, ah eu me lembro, o teu sorriso era tão franco, e eu era a verdadeira criança que voava em tuas asas que eram tão brancas e tão claras, tu subias no brinquedo mais alto, e quando te vi fazendo isso pela primeira vez, me surpreendi.

Mas tu não tinhas medo, e lá no topo do teu brinquedo, andavas seguro e sem medo.

E ao final descias dele pelo escorregador todo sorridente, todo triunfal, e tudo ficava bem no final.

Eu então compreendi que os anjos não têm medo, pois eles não podem sangrar, ou será que eles têm outra maneira diferente de se machucar? Bem, eu só sei que tu voltavas incólume para mim, enfim, é desse jeito que eu me lembro que as coisas aconteciam, eram assim.

III

Hoje tu cresceste, é já um adolescente, quase está tão alto quanto eu, não posso mais em meu colo te carregar, hoje já não te levo ao mesmo parque para poderes então lá brincar.

Não sei então, quando foi que isso aconteceu, pois enquanto crescias sem eu notar, da tua infância tu te despias, e daquele teu sorriso franco e sincero tu te despedias, e eu nem percebia que aos poucos eu te perdia.

Do meu tesouro mais precioso, eu me distanciei, pois havia me esquecido, que tu sim, eras de todas as pedras, a única pedra de grande valor, e isso hoje me traz grande arrependimento e angustiada dor.

Que tolo irresponsável fui eu, trocando o que eu tinha de mais valioso, esquecendo-me que tu e só tu, eras o meu precioso, caro e lindo tesouro, troquei-te por moedas falsas e sem graça, desprezíveis e horrendas traças.

IV

Eu nem notei quando isso aconteceu, pois como por outras coisas havia te trocado, eu nem me apercebi, e nem tinha me tocado, que alguém de mim havia te roubado.

Foi que do meu profundo sono irresponsável, fui então pelas situações difíceis que conosco ocorreram, despertado, e por fim todo desconcertado descobri que por piratas sem direção, pra longe de mim tu foste levado. E agora com as fatias lancinantes da minha desesperada dor, é que terei de pagar o alto preço do teu resgate, a todo custo,

e com todo esforço, eu irei, te recuperar meu doce, e amado menino.

V

Hoje me vestirei de saco, e chorando por mim e por ti, jogarei cinzas em minha cabeça, e um jejum em interseção oferecerei aos céus, mas amanhã bem de manhã, vestirei a minha armadura favorita, mandarei então meus vassalos afiarem o fio da minha espada, e depois que selem os cavalos, pois comigo iram cavalgar, pois irei por ti lutar, pois resolvi, o resgate não pagar, eu não negocio com bandidos, e nem com profanadores, salteadores e corruptores de almas puras e por DEUS santificadas, pois assim são as benditas almas de todas as crianças.

VI

Matarei a todos eles, eles que todos os dias profanam as almas claras e límpidas dos jovens. Inserindo em suas almas, vício, escravidão e miséria, e ainda os ensinam a repassar todo esse mal á outras jovens vidas, ai dos pais, dos avós e dos tios destes desprotegidos rebentos, que de tão desprotegidos, ficaram sozinhos, e de tão sozinhos ficaram incautos, e de tão incautos caíram direitinho nas presas do grotesco leão.

Eu quero meu menino e meu rebento de volta, como ele era, pleno de vida, pleno da graça,

Tão rico em sua alma, que desconhecia totalmente que nessa vida houvesse alguma desgraça. Quero vê-lo estudando, e sorrindo com aquele mesmo sorriso franco de quando era só um menino, quero vê-lo feliz de a adolescência passar, e forte homem se tornar, e com uma linda jovem se casar, e com ela, lindos filhos fazer, e um belo lar de eterno prazer ele ter.

VII

Hoje eu quero ler o livro das rosas, o livro das flores, e ter minha alma apossada pela

primavera, hoje não quero falar de coisas amargas, e nem me preocupar com coisas passadas,quero já agora comigo, a presença dos anjos e dos santos, pois só eles conhecem a medida do bem e do mal .

Hoje estou feliz, meu rebento brinca lá fora, agora ele sorri não mais chora, minha mãe e meu pai estão com ele, conversam e sorriem de tão contentes, são três anjos a brincar e a sonhar.

A VIRGEM MARIA também esteve aqui, e com perfumadas rosas nos abençoou,

E com seu lindo sorriso nos presenteou, e com suas boas novas nos alegrou, pois muito contente ela estava, quando por fim nos anunciou que o seu bendito filho que depois de morto ressuscitou, um presente nos mandou, o presente do puro amor, do eterno e incansável amor, e acompanhada deste presente de valor infinito e tão bonito, a promessa, de um dia morarmos em seu lindo reino aonde a paz, a alegria e o amor não tem fim, sim, hoje não quero nem ouvir falar de coisas tristes, vou é descansar passeando em meu lindo jardim, e sentir o doce e belo perfume do jasmim.




É a verdade o que assombra, o descaso o que condena, a estupidez o que destrói.

Eu vejo tudo o que se foi e o que não existe mais.

Tenho os sentidos já dormentes, o corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém

Eu sei que devo resistir, eu quero a espada em minhas mãos.





(TRECHOS DA LETRA DE “METAL CONTRA AS NUVENS”, - COMPOSTA POR RENATO RUSSO, PARA O DISCO “LEGIÃO URBANA V.” - EMI ODEON-1991).



“Eu pouco me importo com essas campanhas antidrogas do governo, mas o grande erro delas é justamente não dizer que droga é uma coisa que dá prazer só no começo”. -(1991). - RENATO RUSSO- 1960- 1996.



( EXTRAÍDO DO LIVRO, “RENATO RUSSO DE A a Z, AS IDÉIAS DO LÍDER DA LEGIÃO URBANA”. LETRA LIVRE,2000 ).





eltondasneves.anjodasletras@hotmail.com

www.eltondasneves.blogspot.com

Por Mário Rezende ... Nós e a Lua



















Quando a lua se levanta
lá no horizonte
e derrama sobre a aldeia
a luz pálida e convidativa,
já encontra minha doce moreninha
esquentando a nossa rede,
só pensando em namorar.
O cabelo cheirando a flores,
a cabeça cheia de amores,
o corpo todo rijo e sedoso,
incitado pelo clima à beira-mar
inflamado de paixão.
Quando a lua então se alteia,
a gente está se amando,
acho até que é essa a razão
de ela chegar assim, apressada,
empurrando o crepúsculo sonolento.
Toda noite penetra aqui, indiscreta e sorrateira
pelas frestas da choupana,
no nosso ninho, deita o seu luar lascivo,
beijando nossos corpos nus
como parceira experiente
num ménage à trois.



mariorecanto@yahoo.com.br


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