Tenho sede, uma absurda vontade de goles grandes de palavras "malditas" (...)

DI ---> VERSOS














O cão raivoso


Um cachorro costumava atacar sorrateiramente e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente. Seu dono então, pendurou um sino em seu pescoço pois assim ele alertava as pessoas de sua presença onde quer que estivesse. O cachorro cresceu orgulhoso, e, vaidoso do seu sino caminhava tilintando-o pela rua. Um velho cão de caça então lhe disse:

- Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega não é, acredite, nenhuma honra ao mérito, mas ao contrário, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso.

Autor: Esopo

Moral da História:

Engana-se quem pensa que Notoriedade é fama.

Fonte: sitededicas.uol.com.br




















Lobisomem



Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre. Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa. Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até um encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua. Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita, 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante. Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger. Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.

Fonte

http://sitededicas.uol.com.br/folk03.htm
























Por Sulla Mino

Não vivia



Chorar

Sofrer

Sentir

Beijar

Correr

Andar

Dormir

Acordar

Falar

Sorrir

Saber

Sonhar

Pensar

Amar

Plantar

Colher

Comer

Mastigar

Nascer

Morrer.

Eu continuava sozinha,

Em um mundo distante que existia,

eu nem nascia e nem morria.












Hilda Hilst

"Aflição de ser eu e não ser outra.

Aflição de não ser, amor, aquela

Que muitas filhas te deu, casou donzela

E à noite se prepara e se adivinha

Objeto de amor, atenta e bela.



Aflição de não ser a grande ilha

Que te retém e não te desespera.

(A noite como fera se avizinha)

Aflição de ser água em meio à terra

E ter a face conturbada e móvel.

E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.

Aflição de te amar, se te comove.

E sendo água, amor, querer ser terra."



Mitologia por Sol Firmino













Narciso e sua imagem


Na mitologia, os oceanos e os rios eram elementos personificados que tiveram muitos filhos. O rio Céfiso e a ninfa Liríope tiveram Narciso como filho. Como as ninfas também são divindades ligadas à água, Narciso teria atração pela água por causa do pai e da mãe. E na água ele teve seu destino realizado. Narciso era lindo e desejado pelas ninfas e jovens da Grécia, inclusive pelas deusas. Preocupada com as conseqüências de tanto assédio, sua mãe consultou o oráculo Tirésias, que disse que Narciso viveria muitos anos, desde que não se visse.

(...)


Solange Firmino

Texto integral na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.
Imagem: Eco e Narciso. John William Waterhouse, 1903.
























Por Sulla Mino
Flor sem amor


Não mais amo,

dizia uma Rosa,

com um sentimento dentro de si

chamado dor.

Não mais quer chorar,

muito menos se ferir com lembranças,

com fotografias que foram tiradas e

estão na parede da sala.

Sem mãos para aparar

lágrimas de um rosto que não sente,

nem lábios para recordar os beijos.

As pétalas estão se soltando,

morrendo aos poucos em instantes

em que tenta viver.

Não mais ama, por quê?

O Cravo fora arrancado do

seu lado,

agora simplesmente só uma flor

no jardim da saudade restou.


























A cantoria começa no “jardim sagrado”

ou será o céu aquele belo lugar?


L indo campo florido, bancos alvos,

tudo tão lírico e entusiástico...


T odos prontos para o sarau,

um verdadeiro coro de orquestra.


I niciaram com uma bela viola,

um verdadeiro espetáculo,


M aria das Neves (Altino Alagoano) que é feliz,

Já reserva “O Conde de Monte Cristo”.


A migos, cantadores,poetas, Filósofos,

rimadores, cronistas, Cordelistas, teatrólogos,


R epentistas, advogados, familiares...

“Puxaram” o fole, um bonito e azul...




P rosas e versos, depois longos rabiscos,

“Francisco” já ditava seu Cordel..;.


I nstantâneamente bailaram em letras e

poesias como boas vindas...


M undo mágico! Lá é assim, é

“Como nasce um Cabra da peste”...


E eu não fiquei de fora, meu pensamento

está lá recitando uma bela poesia,


N Ada mais nada menos que “Despedida

De Ana” que muito gostaram.


T erminada à parte reservada aos visitantes,

todos os que moram lá aplaudiram,


E aplaudiram mais alto, se colocaram de pé,

receberam Altimar no jardim sagrado...


L amentei não poder ficar mais e voltei

para casa com lágrimas de saudades.




Altimar Pimentel ( Alagoas, 30/10/1936 - 21/02/2008 ) Era natural de Maceió, Alagoas, mas viveu na Paraíba desde 1952. Professor, jornalista, dramaturgo, folclorista, deixa um acervo de várias centenas de artigos, peças teatrais e livros sobre teatro, folclore, ensaio literário e história.

Mossoró, 21/02/08.

Madrugada.

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